PRM afirma que morte do padre Fernão foi natural, mas nampulenses aguardam pelos resultados da autópsia

A Polícia da República de Moçambique (PRM) em Nampula informou que a perícia realizada no corpo de Fernão Magalhães, sacerdote católico e político filiado ao MDM, que foi encontrado sem vida em sua casa em Namutequeliua, indica que a causa da morte foi natural.

Durante uma colectiva de imprensa dedicada aos eventos da semana passada, Rosa Chauque, Porta-voz da Polícia da República de Moçambique em Nampula, confirmou a notícia do falecimento do padre. Ela também destacou o esforço da polícia, indicando que as circunstâncias levaram à conclusão de que se tratava de uma morte súbita.

Rosa Chauque explicou essa informação, pois não foram encontrados sinais que indicassem uma morte violenta. Assim, como uma avaliação inicial, e enquanto se espera pelos resultados da autópsia, a polícia chegou à conclusão de que se tratou de uma morte natural.

“A polícia tomou conhecimento por volta das treze horas, a partir de denúncias populares, da existência de um corpo sem vida no bairro de Namutequeliua. A polícia prontamente, juntamente com outras instituições, formaram uma força conjunta, (PRM, SERNIC e Saúde), que se fez ao local, chegando ao local e segundo a perícia feita, presumiu-se como a causa da sua morte, morte natural”, disse Chauque afirmou que a polícia foi informada sobre o falecimento por meio de relatos de populares, que apontavam para a presença de um cadáver em Namutequeliua.

Rosa Chauque informou que, após a análise realizada pela equipe de conjunta, o corpo do sacerdote político foi trasladado para a morgue do Hospital Central de Nampula para as etapas seguintes.

Lembre-se de que o Padre Fernão Magalhães vivia sozinho. Sua morte só foi constatado quando a irmã, que reside nas proximidades, percebeu sua ausência e a falta de algum sinal de vida, algo ao qual estava acostumada.

A Polícia da República de Moçambique, em Nampula, alerta contra a prática de viver isoladamente sozinho, já que, conforme Rosa Chauque, isso pode ser mortal caso a pessoa adoeça e não tenha assistência imediata, levando até mesmo ao óbito. Portanto, a corporação fez contundentes solicitações para desestimular situações em que indivíduos residem sozinhos.

“Apelamos que sempre uma pessoa conviva com outra pessoa, para terem uma convivência, porque pode ser que um deles não goze de uma boa saúde, precise  de socorro durante a noite e por morar sozinho não tenha  algum socorro de imediato. Então aconselhamos aos populares que têm um familiar sozinho, que façam sempre um acompanhamento, visitas regulares, para poderem saber como a pessoa se encontra na sua residência”.

Lembre-se de que, após a divulgação da morte do padre Fernão, surgiram nas redes sociais uma série de suspeitas entre os moçambicanos, que acreditam que ele pode ter sido assassinado, facto que poderá ser mudado com a autópsia, ainda não tornada pública. Vânia Jacinto