POLÍTICA
Políticos e académicos apoiam iniciativa de transferir instituições para fora de Maputo
Após Daniel Chapo, concorrente à presidência pela FRELIMO nas eleições de Outubro, anunciar a proposta de mudar a Assembleia da República (AR) para Mocuba, na Província da Zambézia, o candidato da Renamo, principal Partido de oposição em Moçambique, Ossufo Momade,se comprometeu a estabelecer equilíbrio entre as três maiores cidades do País, garantindo oportunidades equitativas para o desenvolvimento.
Ao abordar sobre a temática em Matibane, Ossufo Momade afirmou que, caso seja eleito nas eleições de Outubro, ele poderá possibilitar a revisão da Constituição do País, permitindo que Maputo, seja designada apenas como a Capital política de Moçambique, a Beira como a Capital governamental e Nampula como a Capital económica.
De acordo com Ossufo Momade, dessa maneira todas as cidades (Capitais regionais), terão um crescimento equilibrado e Moçambique passará a lidar com cada problema em suas respectivas cidades.
“Quando for eleito, irei criar condições para que se faça a revisão da Constituição da Republia, para que a Capital politica seja Maputo, Capital Governamental Beira e Capital economica Nampula. Queremos desenvolvimnento. Nós queriamos que todas estas cidades, desenvolvem-se em pé de igualdade, porque hoje tudo está concentrado na cidade de Maputo”, prometeu Ossufo Momade.
Durante a campanha eleitoral no Distrito de Mucuba, o Candidato Presidencial da FRELIMO, Daniel Chapo, prometeu analisar a viabilidade de transferir a sede do Parlamento Moçambicano para Mocuba, justificando que “Mocuba é onde os caminhos se cruzam e Moçambique se abraça. Por isso, se ficarmos atentos, vamos perceber que os dois maiores círculos eleitorais são Zambézia e Nampula, junto com Cabo Delgado e Niassa.”
Transferência do poder legislativo ganha apoio de políticos e académicos
Essa garantia motivou estudiosos e políticas que consideram fundamental, a transferência do poder legislativo para além da cidade de Maputo.
O candidato a Governador da Zambézia pela RENAMO, Manuel de Araujo, elogiou a proposta e solicitou que os demais candidatos Presidenciais se posicionem sobre a descentralização.
“A ser verdade, agradecemos e saudamos a adesão do Candidato da FRELIMO, a nossa proposta de transferir a sede do parlamento moçambicano para Mocuba! Encorajamos aos candidatos Lutero Simango, Venâncio Mondlane e Ossufo Momade a se pronunciarem sobre o assunto! Em democracia as ideias valem pelo mérito e não de quem vem! Obrigado Candidato Chapo”, disse Manual de Araujo, em reação a promessa.
O académico Pedro Régulo, também elogia a iniciativa de transferir parte das Instituições de nível central, incluindo o Parlamento, para fora da cidade de Maputo.
“Para o povo de Mocuba, vai ser bem-vindo. Vai ganhar novas infra-estruturas, negócios, algumas oportunidades de emprego, porque nessas infraes-truturas vão trabalhar pessoas. Haverá também aumento de negócios, por exemplo na área de hospedagem, então tudo isso, vai criar condições para Mocuba, torne um gigante. Agora eu penso que, é minha opinião, não era coisa que eu esperava, a primeira a ser implementada, porque nós estámos com problemas de infra-estruturas sobretudo, estradas, abastecimento de água que é urgente, o problema de Educação e Saúde. É praticamente onde ele devia sondar mais o eleitorado”, disse.
Entretanto, assim como Manuel de Araujo, incentiva outros candidatos a se manifestarem sobre as mudanças que pretendem realizar, pois de acordo com ele, essas promessas são fundamentais e impactam tanto nas antigas formas de pensar quanto no desenvolvimento almejado.
Segundo Mauricio Régulo, a mudança do Parlamento da Capital de Moçambique para Mocuba, é apenas um dos exemplos que merecem incentivo. Existem diversas outras situações que também deveriam ser promovidas, como a transferencia de Ministerios, entre outros.
“O pensamento deste candidato não é mau, mas há que pensar também em transferir por exemplo, alguns poderes, sobretudo Ministerios, para algumas Províncias. Niassa, por exemplo, está a clamar posr isso, desde os anos 70 e 80. Houve um projecto muito grande, em que se dizia que Niassa é desta vez. Um Ministério da Agricultura, nunca seria demais estar no Niassa, ai sim, estariamos a apostar no desenvolvimento do País”, disse e continua:
“Dependendo do potencial de cada Província, poderia se afectar alguns dos Ministerios e isso haviria de catapultar o desenvolvimento local, porque essas oportunidades já existem. O que está faltar praticamente é o Capital.” Vânia Jacinto
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