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ECONOMIA

Museu da Ilha de Moçambique regista queda de 25% de visitantes   

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Pelo menos dois mil turistas visitaram o Museu da Ilha de Moçambique, desde Janeiro a esta parte do ano em curso. O número representa uma diminuição de cerca de 25% em comparação ao mesmo período de 2023, quando cerca de três mil pessoas passaram pelo Museu da Ilha de Moçambique.

O acervo do Museu da Ilha de Moçambique é a principal componente, onde se evidenciam móveis indo-portugueses, além de peças de origem portuguesa, francesa e chinesa. Dividido em três secções, Artes Decorativas, Marinha e Arte Sacra, o Museu da Ilha de Moçambique atrai a atenção de turistas, tanto locais quanto internacionais.

O director do Museu da Ilha de Moçambique, Abdul Tauzir Haje Juma, afirmou ao Rigor que a diminuição no número de visitantes está relacionada à crise económica global. Ele destacou que, conforme suas observações, o Museu tem atraído um número maior de turistas internacionais do que de visitantes locais.

“Os números não são animadores, mas são números que já estávamos à espera, devido à crise financeira, que tem afectado, não só o nosso país, como também internacionalmente. Temos tido muitos turistas internacionais e nacionais.”

Abdul Tauzir, afirmou que outro factor que contribui para a diminuição do número de visitantes é terrorismo em Cabo Delgado.

“Devido a esta crise de Cabo Delgado, que os turistas internacionais têm ouvido pelas televisões, pensam que por Ilha de Moçambique, estar no Norte, está ligado a esses acontecimentos.”

O Museu da Ilha de Moçambique enfrenta dificuldades não apenas pela escassez de visitantes, mas também pela limitação de recursos destinados à preservação de suas colecções. Um exemplo é o Museu de Artes Decorativas, que abriga um significativo acervo composto por canapés, cadeiras, mesas, camas, armários, malas e oratórios, entre outros objectos. Além disso, o museu possui porcelanas, tapetes, tapeçarias, objectos em metal, esculturas em madeira, pinturas a óleo e gravuras, assim como peças de transporte. Na secção de Arte Sacra, há ainda pinturas, esculturas e ourivesaria.

Devido às restrições nos orçamentos do Estado, o Museu tem utilizado as receitas geradas pelas visitas de turistas para conservar seus acervos, mas actualmente enfrenta desafios devido à diminuição no número de visitantes, conforme relatou Abdul Tauzir.

“Devido à fraca orçamentação do próprio Estado, temos usado próprias receitas internas para suprir orçamento que nos é dado, então para trabalhar em termos de manutenção de conservação dos próprios objectos e em termos também de formação profissional dos próprios funcionários que os museus da Ilha de Moçambique precisam.

Para evitar que o baixo número de visitantes impacte de modo desfavorável o Museu, o director do Museu da Ilha de Moçambique, informou que a sua instituição tem explorado ao máximo, a presença de turistas estrangeiros para estabelecer colaborações internacionais.

“Temos aproveitado esses poucos visitantes que têm vindo ao Museu da Ilha de Moçambique para criar parcerias com outras instituições, principalmente internacionais, para nos ajudarem na restauração e manutenção do próprio edifício, que alberga os museus da Ilha de Moçambique e surte efeitos, temos trabalhado através do ministério da Cultura e turismo e com e a Embaixada Francesa em Moçambique, que nos ajudaram bastante a fazer um estudo para restauração de alguns objectos que estão no Museu da Ilha de Moçambique.”

O director do Museu informou que actualmente, há 1600 objectos que ainda não passaram por qualquer processo de restauração, requerendo apoio financeiro para sua recuperação. Losângela Mussa

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