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POLÍTICA

Muchanga revela o lado sombrio da RENAMO:“Não basta querer ser presidente, é preciso que as pessoas precisem”

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O deputado e cabeça de lista derrotado nas últimas eleições autárquicas na cidade de Matola, António Muchanga, diz que na Resistência Nacional de Moçambique (RENAMO) não é suficiente desejar por conta própria ser presidente, é fundamental ser bem visto pelos membros.

António Muchanga ressaltou que não é suficiente ter apenas disposição, é necessário também ter aceitação. O líder político esteve em Nampula para contribuir na avaliação dos quatro anos de governação descentralizada na província (2020 – 2023), evento promovido pelo Instituto para Democracia Multipartidária.

Naquela reunião, Rigor perguntou ao parlamentar se tinha planos de se candidatar à liderança da Renamo, considerando a oportunidade criada após a acção judicial de Venâncio Mondlane que resultou na marcação da data para o congresso do partido.

Segundo Muchanga, não é suficiente apenas a intenção de um membro em concorrer à presidência do partido, é preciso que haja aceitação por parte dos demais membros.

O processo eleitoral interno da Renamo está agendado para o mês de Maio próximo. “Porque devo me candidatar? Não sei, não basta eu querer, é preciso que as pessoas me precisem”,afirmou Muchanga, deixando claro que na Renamo não é suficiente apenas  o desejo  individual, é essencial que as pessoas sintam a necessidade.

Palavras semelhantes foram expressas na FRELIMO e causaram debates na comunidade de Moçambique, quando certos líderes proeminentes do partido do batuque e da maçaroca falaram abertamente antes das eleições municipais, afirmando que não bastava um membro ter interesse em se candidatar, era preciso ser escolhido dentro do próprio partido.

Por meio dessa fala, Muchanga reforça que a RENAMO é semelhante a outros partidos, nos quais para alguém alcançar o topo, ou seja, a presidência, é necessário ser bem visto.

Nesta quarta-feira, (27.03.2024), Ossufo Momade afirmou em entrevista concedida ao CIPCAST subordinado ao tema “Futuro da RENAMO na visão do Ossufo Momade”, que não basta querer ser presidente por conta própria, é essencial ter o apoio dos membros do partido para decidir se irá concorrer à presidência ou não.

Quando questionado sobre a possibilidade de se candidatar novamente à presidência da Renamo, Momade afirmou que possui um apoio sólido o bastante para sustentar uma nova candidatura.

“Tenho bases para suportar a minha candidatura. Vocês vão concordar comigo quando o congresso da RENAMO acontecer. Ainda mantenho uma boa aceitação popular”, declarou Ossufo Momade ao explicar que assim como venceu as eleições internas da RENAMO pela primeira vez, desta vez também pretende sair vitorioso. “Eu não tenho o vocabulário de derrota na minha cabeça”.

Indagado sobre as propostas da sociedade para a liderança da RENAMO por jovens, Ossufo Momade afirmou: “Todos nós já fomos jovens. Eu entrei na Renamo aos 17 anos, então quando vocês mencionam jovens, por que essa vontade de ver a RENAMO sendo presidida por jovens? O Presidente dos Estados Unidos é jovem, o Presidente da França é jovem, o Presidente de Portugal é jovem? Por que querem trazer a RENAMO para os jovens? Iremos ao congresso e será o congresso que decidirá”, declarou Ossufo, afirmando que a Renamo respeitará a escolha de um jovem pelo seu congresso.

O líder do principal partido da oposição destaca que é importante os jovens aceitem que um membro com a idade de Ossufo Momade saiu vitorioso no congresso.

Ossufo Momade abordou ainda a questão financeira da Renamo, esclarecendo que o partido não se encontra em falência, desfrutando de uma situação financeira sólida e não conforme foi noticiado recentemente pela imprensa.

Não nos encontramos em situação financeira insustentável, a Renamo possui recursos, porém está em busca de mais financiamento.“Não estamos falidos, a Renamo tem dinheiro, mas precisa mais”.

No país, embora as eleições Presidenciais, Legislativas e das Assembleias Provinciais e dos Governadores de Província, estejam agendadas para o dia 9 de Outubro próximo, nenhum dos principais partidos políticos, que têm assento na Assembleia da República, ainda indicou o seu candidato para concorrer à presidência.

Na FRELIMO, apesar de vários membros estarem dispostos a se candidatar, os possíveis eleitos estão sendo mantidos em segredo pelo partido. Apesar das preocupações internas, ninguém está se manifestando publicamente e aparentemente todos estão a agir como se estivesse tudo sob controle.

Dentro do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), que é um terceiro partido com assento na Assembleia da República, há sinais de que o próprio líder pode ser o candidato nas próximas eleições.

No ano passado, em uma entrevista ao Rigor,  Lutero Simango mencionou que estava pensando em se candidatar à presidência, mas salientou que a decisão final iria depender da vontade de sua família. Em sistemas democráticos, normalmente é o partido político que decide quem será o candidato nas eleições, mas as declarações de dentro do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), que é um terceiro partido com assento na Assembleia da República, há sinais de que o próprio líder pode ser o candidato nas próximas eleições. No ano passado, em uma entrevista ao Rigor,  Lutero Simango mencionou que estava pensando em se candidatar à presidência, mas salientou que a decisão final iria depender da vontade de sua família. Em sistemas democráticos, normalmente é o partido político que decide quem será o candidato nas eleições, mas as declarações de Simango trouxeram à tona outra realidade. Raufa Faizal e Elina Eciate

 

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