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Lentidão judicial em Nampula empurra mais de 17.400 processos de tipologias diferentes de 2024 para 2025

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Mais de 17.400 processos de tipologias diferentes foram transferidos de 2024 para 2025 nos tribunais da província de Nampula, devido à lentidão dos trâmites judiciais. Essa informação foi revelada pelo recém-empossado Juiz Presidente do Tribunal Judicial da Província de Nampula, Mahomed Khaled, na última Sexta-feira, 3 de Janeiro de 2024.

Embora não tenha apresentado dados específicos, o Juiz Presidente do Tribunal Judicial da Província de Nampula mencionou que os tribunais com maior número de processos pendentes são os localizados em Nacala porto, Monapo e na Cidade de Nampula. Ele ressaltou que a maioria dos delitos registados envolve furtos e casos de violência doméstica.

O recém-empossado Juiz Presidente do Tribunal Judicial da Província de Nampula afirmou que, em função do grande volume de processos pendentes, é essencial a criação de um plano de trabalho para os tribunais, visando a diminuição da lentidão na tramitação processual.

“Vamos tentar reforçar, temos algum tempo para implementar, eu tenho que sentar no Tribunal, saber o que foi feito e o que ainda falta, e depois é que podemos decidir o quê que pode se fazer. Atendendo que a província é vasta, todos os Tribunais têm cobertura territorial, acreditamos ser possível reduzir este número de pendentes no próximo ano” disse o Juiz presidente.

Durante a entrevista à mídia, o recém-empossado juiz presidente abordou a questão da destruição de Tribunais durante os protestos convocados após as eleições de 9 Outubro 2024, pelo candidato Presidencial Venâncio Mondlane, especialmente nos distritos de Larde, Lalaua e Eráti.
Ele ressaltou que tais actos podem prejudicar a capacidade de lidar com os processos acumulados. No entanto, o juiz está confiante de que, com o passar do tempo, os Tribunais serão reabilitados e as actividades poderão ser retomadas. Ele também destacou que os ataques a Tribunais e outras infraestruturas, sob a justificativa de manifestações, ultrapassam os limites do direito à livre manifestação.

“O direito a manifestação, é um direito constitucional, sim, mas o que está a acontecer no país, está muito acima de uma manifestação pacífica, então temos que apelar a população, a pautar pela boa conduta, porque isto que está a acontecer no país, leva à insegurança, e a devastar a economia nacional, o que não é bom para nós”.

Lembre-se de que Mohamed Khaled assumiu a posição de Juiz Presidente do Tribunal Judicial da Província de Nampula, ocupando o lugar de Ana Paula Muanheue, que desempenhou essa função nos últimos anos. Celso Alfredo

 

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