CULTURA
João Satiel convida à reflexão ética no lançamento de O Passeio das Emoções

A Universidade Católica de Moçambique foi nesta quinta-feira (4 de Setembro de 2025), palco de uma noite de literatura e pensamento crítico, marcada pelo lançamento do livro O Passeio das Emoções e da nova edição de Pensar Social, da autoria do escritor e professor universitário João Satiel. Entre os presentes destacou-se a participação do Secretário de Estado da província de Nampula, Plácido Nerino Pereira, acompanhado por académicos, estudantes e representantes da cultura.
Satiel transformou o lançamento num manifesto sobre a importância da ética como disciplina essencial de formação cívica. “Hoje, mais do que nunca, torna-se inadiável discutir a eticidade, num tempo em que o bem e a verdade são desprezados em cada canto do mundo”, afirmou, alertando que a ausência de ética ameaça o equilíbrio social. Perguntou ao público se a cidadania está a ser vivida com base em princípios éticos ou se se limita a reproduzir “memes”, numa crítica à superficialidade contemporânea.
O discurso foi também atravessado por notas poéticas que revelam a essência do seu novo livro. “Poucos lançam a semente na sabedoria, no coração pobre, para não fortalecer a mente com poder crítico. Precisamos de investir na educação para semearmos sabedoria infinita. Vivemos um mundo de egoísmo total, onde poucos doam amor e afecto, mas muitos oferecem o sorriso de um bom lobo”, sublinhou.
Com O Passeio das Emoções, dividido em seis capítulos e 76 páginas, Satiel propõe uma viagem intimista sobre a vida e o amor. Já Pensar Social, agora em inglês, amplia o debate sobre desigualdade, corrupção, educação e cultura organizacional, oferecendo ao público internacional uma reflexão nascida em Moçambique, mas de ressonância universal.
No fecho, o escritor reiterou que a sua obra é um apelo à acção consciente. “Mais do que apontar problemas, busco estimular soluções colectivas, encorajar cada leitor a olhar para si e para a sua participação na construção de uma sociedade equilibrada. As nossas escolhas no percurso da vida ditam o nosso futuro e o futuro das sociedades”, disse, arrancando aplausos num ambiente em que literatura e cidadania se entrelaçaram. Vânia Jacinto
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Nina Gonçalves
Setembro 5, 2025 at 8:00 pm
Pois é , somos protagonistas do nosso proprio destino e olha que nesse palco nao há ensaios.
Como o pacato cidadao nao vai cair em memes se a liberdade de expressao é ditada pelo status social.
Neste passeio sorrindo com verdade , tao real quanto o despertar do povo.
A dntologia profissional e a etica sao postas em balanças da GUCCI e Iphone
Lidia Nkutumula
Setembro 5, 2025 at 10:15 pm
Bem dito! O pensar social, urge! O amor e respeito ao próximo deve partir da tenra idade.
É um longo processo de aprenndizado, alimentado pela maturidade e maior socialização!