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Investigação do Caso Ibraimo Mbaruco é prorrogada e família teme desfecho trágico
O Ministério Público em Cabo Delgado acaba de emitir um despacho a aguardar a produção de melhor prova no caso do desaparecimento de Ibraimo Mbaracu, jornalista e locutor da Rádio comunitária de Palma, na província de Cabo Delgado, no Norte de Moçambique, após mais de 4 anos de investigação.
No despacho a que o Rigor teve acesso, o Ministério Público afirma que “a instrução compreende um conjunto de diligências que visam investigar a existência de um crime, determinar os seus agentes é a responsabilidade deles e descobrir e recolher provas, em ordem à decisão sobre o acusado”.
No despacho, o Ministério Público lista várias pessoas ouvidas, como colegas de trabalho, familiares e também instituições financeiras às quais o Ministério Público recorreu para investigar o desaparecimento do jornalista, que, sob circunstâncias estranhas, teria sido supostamente sequestrado por forças de defesa e segurança em Palma, no início da noite de 7 de Abril de 2020, após ter feito uma transmissão na rádio local.
Juma Mbaruco, irmão de Ibraimo Mbaruco, jornalista desaparecido, afirmou que a família não tem muita esperança de encontrá-lo vivo, pois não há provas de que ele esteja ainda vivo. Juma foi quem fez a denúncia às autoridades judiciais, a 14 de Abril de 2020 e notificado do despacho durante o último dia do mês de Julho (31.07.2024).
“Nós como família perdemos esperança, não temos mais o que seguir, o que fazer. Embora tudo seja possível, nós estamos com um pé a frente e outros atrás não temos uma posição certa.
Estamos desesperados, não sei se houve exactamente esta investigação anteriormente, não sei, porque o tempo que passou é muito. Então para hoje virem dizer que não têm prova é complicado. Não temos o que dizer nós como família, estamos desesperados”, disse visivelmente descontente com a decisão emitida e assinada pelo Procurador Mistério João Mitelela, afecto junto da secção de instrução criminal da Procuradoria Provincial de Cabo Delgado.
Recorde-se que no dia do seu sequestro, Ibraimo Mbaruco saiu de casa para a Rádio por volta das 15:00 horas do dia 7 de Abril de 2020, onde esteve a trabalhar até cerca das 18:00 horas do mesmo dia. O jornalista teria sido sequestrado quando regressava a casa, entre as 18,00 e 19:00 horas.
Momentos antes, Ibraimo Mbaruco teria enviado uma curta mensagem (SMS) a um dos seus colegas de trabalho, informando que “estava cercado por militares”. A partir desse momento, não mais atendeu às chamadas, embora o seu telefone continuasse a dar sinal de estar ainda comunicável. Vânia Jacinto e Redacção
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