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Hospitais à beira do colapso devido à inação do governo e profissionais em greve
A Associação dos Profissionais de Saúde Unidos e Solidários de Moçambique (APSUSM) anunciou para a próxima Quinta-feira (28) uma greve geral devido à falta de atendimento por parte do governo às demandas da classe, registadas no documento de reivindicações de Junho de 2023, além das más condições de trabalho.
“ A Associação dos Profissionais de Saúde Unidos e Solidários De Moçambique iniciou dialogo com o Governo para solução das exigências constantes do seu caderno reivindicativo, tendo culminado com uma trégua que ia até 5 de Novembro de 2023, em que suspendemos a greve”, afirmam os profissionais de saúde em um comunicado datado de 25 de Março, do qual tivemos acesso.
“Esperávamos que, conforme acordado com o governo, esse período seria dedicado à resolução dos problemas que haviam sido discutidos entre a APSUSM e o Governo de Moçambique desde Junho de 2023. Infelizmente, esse tempo apenas evidenciou a falta de comprometimento do Governo, o que nos levou a contestar nossa decisão, pois, sensibilizados pelo apelo do Presidente da República, voltamos aos nossos postos de trabalho na esperança de que o governo cumpriria com os acordos estabelecidos”.
Aqueles profissionais dizem no comunicado que a escassez de remédios é um problema grave nas unidades de saúde de todo o país, sendo notada a falta de materiais essenciais como luvas, máscaras, seringas, agulhas, cateteres, papel para impressão de documentos médicos e resultados de exames. Além disso, os profissionais de saúde dizem que, os laboratórios estão sem reagentes, as ambulâncias sem combustível para transportar os pacientes, falta comida e roupas hospitalares para as camas.
No comunicado, os profissionais de saúde dizem que os familiares dos doentes precisam trazer esse tipo de material de suas próprias casas para garantir o tratamento de seus entes queridos.
Os especialistas alertam que a quantidade de unidades sanitárias sem energia eléctrica está em constante crescimento, devido aos cortes realizados pela EDM devido às contas de electricidade em atraso.
“Aquando do anúncio da greve, dissemos em viva voz que as nossas unidades sanitárias se ressentem gravemente de falta de material médico-cirúrgico e hospitalar e medicamentos. O Governo assumiu o compromisso de inverter esta situação, infelizmente as unidades sanitárias estão piores que no início do nosso diálogo” afirmam os profissionais da área da saúde.
Quanto às reivindicações salariais dos trabalhadores da área da saúde, principalmente a correcção das irregularidades no enquadramento estabelecido na Tabela Salarial Única (TSU), o aumento do subsídio de risco de 5% para 10% para o sector da saúde, e o pagamento de subsídio de turno e horas extras, os profissionais afirmam que o Governo utilizou a estratégia de dividir para conquistar. Conforme relatam os médicos em comunicado, o pagamento de subsídio de risco foi destinado a apenas um grupo de funcionários, em detrimento dos demais, enquanto as horas extras continuam sendo uma realidade distante para a maioria dos trabalhadores. Raufa Faizal
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