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SOCIEDADE

Defensores do meio ambiente alertam: Novo Governo de Moçambique deve priorizar educação para enfrentar desastres naturais

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Os defensores do meio ambiente, Zinérsio Sitoi e Bartolomeu Romane, defendem que o novo governo de Moçambique deve priorizar o fortalecimento de acções de informação, educação e comunicação para capacitar as comunidades para lidarem de forma mais eficaz com eventos naturais, diminuindo assim os riscos de desastres.

Os especialistas afirmam que a interacção entre o governo, a sociedade civil e a comunidade é bastante limitada, o que contribui para o aumento do número de pessoas afectadas por desastres naturais no país.
“Vamos ver, há muitas políticas que estão a ser aprovadas ou em revisão, existe a nossa própria Estratégia Nacional de Adaptação e Mitigação de Mudanças Climáticas tem o seu termo no presente ano de 2025. É uma política que entrou em vigor em 2013, este ano acaba o seu período de vigência, mas muito pouca gente não conhece esses instrumentos. Será que houve uma participação efectiva destas comunidades, nesses instrumentos que de certa forma são um guia para quem pode nos orientar em termos de medidas e acções que podemos desenvolver para mitigarmos no sentido de minimizar os impactos das mudanças climáticas em Moçambique”, comentou Zinérsio Sitoi, que também é oficial de advocacia e ordenação na Plataforma Nacional de Mudanças Climáticas em Moçambique.
Outra questão fundamental destacada pelo ambientalista Zinérsio é a abordagem das questões de género nas decisões relacionadas ao meio ambiente, uma vez que as mulheres são identificadas como as mais afectadas pelos efeitos das mudanças climáticas.
“Poucas mulheres têm espaços no debate de diversos assuntos nesta área. Há vários motivos pelo menos a nível do nosso país, começando do cultural até outros assuntos. Então ainda há essa lacuna, nós ainda sentimos essa lacuna nessa relação governo e sociedade civil para em conjunto encontrarmos soluções concretas e impactantes que de facto nos possam ajudar a mitigar os efeitos das mudanças climáticas nas comunidades”.
Por sua vez, Bartolomeu Romane destaca o aumento da formação e criação de grupos comunitários voltados para conscientizar a população acerca dos perigos das alterações climáticas e mitigar os efeitos dos desastres.
Ele ainda enfatiza a importância de preparar as comunidades para desenvolver infraestruturas sociais que sejam resilientes às mudanças climáticas.
“Podemos também falar de criação de um plano de defesa civil local, contra eventos extremos, isso podemos também, uma forma como reflorestar, criar mais plantios de árvores, restaurar mais os locais que não existem, grandes plantações de árvores, isso também ajuda bastante, restabelecer reservas elementares e sementes agrícolas. Porque quando aparece o ciclone é visto que muita coisa acaba desaparecendo, nas zonas com muita afectação, então semente para depois da época do ciclone fazer-se plantio”, sublinhou Bartomeu.
Zinérsio Sitoi diz que o governo moçambicano tem avançado na evacuação de pessoas de áreas vulneráveis para locais seguros.
“Hoje em dia o melhoramento de aviso prévio está a corresponder de forma eficaz. Há dias eu vi alguns comentários, que chamamos de memes, a dizerem que o INGD está nos encher de mensagens, mas é isso que nos tempos precisamos. Essa alerta com alguma dissipação para ver se nós nos preparamos para os impactos, porque muitas vezes, e quase sempre, somos daqueles países que mais responde aos empates das mudanças climáticas quando acontece e não nos damos tempo para termos uma capacidade preventiva. As mudanças climáticas são irreversíveis, mas podemos de certa forma prevenir para que os empates não sejam maiores”. Vânia Jacinto

 

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