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Conta com apoio das FDS para conter a raiva da desinformação: Mogovolas inicia campanha de imunização contra cólera
Iniciou-se nesta Segunda-feira uma intensa campanha de imunização contra a cólera no distrito de Mogovolas, contando com o apoio robusto das forças de defesa e segurança. A vacinação abrange os postos administrativos de Nametil-sede, Nanhupo rio e Muatua, com a expectativa de vacinar aproximadamente 199 mil moradores.
A iniciativa de vacinação é implementada para frear a disseminação da enfermidade, que se tornou preocupante após um surto de desinformação que já resultou na destruição de diversas infraestruturas sociais, como o Centro de Saúde Local e o Centro de Tratamento de Cólera.
O evento de lançamento da campanha teve a presença significativa das forças de defesa e segurança, que asseguram a protecção para os profissionais de saúde e os activistas envolvidos nessa iniciativa.
Geraldino Avalinho, chefe do Departamento de Saúde Pública do serviço provincial de Saúde em Nampula, confirmou haver 200 mil doses de vacinas disponíveis. O processo de imunização contra a cólera será realizado com a colaboração de membros de comunidades que passaram por treinamento para essa actividade, como uma maneira de lidar com a hostilidade de alguns cidadãos em relação aos profissionais de saúde, acusados de serem os promotores da doença na comunidade.
“É uma forma estratégica envolver a própria comunidade para ser ela a oferecer esta vacina e não os técnicos de saúde, porque os técnicos de saúde em Mogovolas estão sendo perseguidos, ameaçados, intimidados, alguns até espancados. Não faria sentido colocarmos técnicos de saúde lá, a única coisa que colocamos é os técnicos de saúde para fazerem a supervisão das actividades, mas quem faz todo processo são membros da comunidade de Mogovolas”.
De acordo com Geraldino Avalinho, a fim de evitar qualquer tipo de interferência na campanha e permitir o alcance das metas de pessoas a serem vacinadas, as equipes de vacinação estarão sob a supervisão das Forças de Defesa e Segurança. Isso não apenas visa atingir os objectivos da campanha, mas também serve para proteger a segurança das equipes, uma vez que ainda persiste a desinformação acerca da origem da doença.
“Este é um desafio, é por isso que está campanha está sendo feita com a presença de militares em companhia, apoiam a província”, afirmou e acrescentou que a aceitação ainda era bastante limitada em razão da intensa propagação de informações erradas sobre a doença das mãos sujas.
“Ainda há uma timidez, ainda não há uma definição clara por parte dos populares, a quem vê o outro a tomar, ainda, sim, por mais que este queira tomar, sente se retraído pelas razões que nós ainda desconhecemos. Mas compreendemos que ainda há uma onda de desinformação, ainda a área de saúde onde os nossos colegas estão com um remorso de ir lá poder oferecer a vacina, porque os populares dizem que estamos a espera para ver quem vai colocar o pé nesta área para poder trazer a vacina, nós vamos correr com esta pessoa”. Vânia Jacinto
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