ECONOMIA
Conflito de posse coloca em risco a sobrevivência de 1000 comerciantes no mercado da Rex
Cerca de 1000 comerciantes do mercado da Rex, localizada no bairro de Namicopo, estão a ser forçados a interromper as suas actividades comerciais em breve, devido à acção imposta pelo suposto proprietário do local que reclama sua posse.
O Mercado encontra-se às margens da via e a área é de propriedade de uma pessoa, que agora deseja utilizá-la. Como a maioria dos vendedores depende dessa actividade, eles estão apreensivos com a possibilidade de serem despejados.
Segundo apurou o Rigor, o mercado da Rex é único naquela região e têm felicitado o fornecimento de diversos produtos alimentares aos munícipes residentes naquela unidade residencial.
Antunes Saíde, representante do mercado, mostra-se preocupado e pede a edilidade um espaço menos distante daquela área para a continuidade das suas actividades.
“Nós estamos preocupados, por não termos espaço próprio, vendo que desde contribuímos para as receitas diárias, mas o município não se preocupa em arranjar-nos, atribuindo-nos um espaço próprio. Somos 1052 vendedores que estão sendo expulsos, pelo dono que nos havia emprestado, mas infelizmente ele está a precisar. Os vendedores são pais de família e estão lá procurando pão diário e isso é preocupante”, disse visivelmente triste.
“Agora estamos nos arranjando, para ter um espaço para ganharmos o nosso pão diário, e agradeceria se o município reagisse o mais rápido possível”, reiterou Saíde.
Alfredo João, foi um dos vendedores entrevistados pela nossa reportagem, que lamentou pela situação.
“Este lugar tem dono e ele pediu que saíssemos daqui. É sentimental, nós sermos expulsos porque não temos aonde ir. Eu estou a completar 3 anos a vender aqui, mas se eles dizem para sair vamos sair”.
Quem lamentou, igualmente, foi Gildo Juma Zacarias, que comerciante naquele há 3 anos, que encontra na actividade comercial a sua única fonte de renda.
“Fomos avisados ontem para sair desse lugar. Aqui nós pagamos taxas diárias no valor de 10 meticais ao município e mais 10 MT para armazenar os nossos produtos. Eu dependo daqui. Sou vendedor deste mercado, desde 2021. Sustento-me aqui e a única escolha que temos é sair daqui, porque o dono está precisar”, deplorou.
Município sabe do assunto e vai negociar.
Por sua vez, o vereador de Mercados e Feiras, Augusto Tauacha, diz que é do conhecimento do Município a existência do mercado e a retirada dos comerciantes. Entretanto, garante que decorrem conversações com o pelouro da salubridade, para adquirir-se um local para o suposto dono do terreno, uma vez que as pessoas daquela área dependem do mercado.
“Aqueles não são mercados, são lugares públicos. Nós falamos com os líderes para identificar outro espaço, unirmos as condições para aqueles da estrada saírem de lá. Já tivemos conversa com o dono do espaço. O dono possui um espaço, mas se houver um processo de troca, poderemos trocar e isso acordamos. Ele propõe arranjarmos um espaço para ele e os comerciantes ficarem lá”, clarificou o vereador. Vânia Jacinto
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