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Computadores chegam ao ensino superior após anos de espera “Hoje sentimos que somos parte de um Moçambique que acredita no nosso futuro”

Foram necessários mais de três anos de expectativa e promessas adiadas para que o sonho começasse, finalmente, a ganhar forma. Esta Segunda-feira (21) marcou o arranque da distribuição dos primeiros 5.000 computadores portáteis a estudantes de 25 instituições de ensino superior moçambicanas — um compromisso assumido publicamente em 2021 pelo então Ministro da Ciência e Tecnologia, Daniel Nivagara, e que só agora se materializa sob a liderança do Presidente da República, Daniel Chapo.
A cerimónia, carregada de emoção e entusiasmo, foi marcada por discursos inspiradores e mensagens de esperança da juventude estudantil. “É com imensa satisfação que acolhemos este gesto nobre do Governo. Hoje sentimos que somos verdadeiramente parte de uma nação que aposta no seu capital humano como força motriz para o desenvolvimento sustentável”, afirmou o porta-voz dos estudantes, em nome de jovens de todo o país.
Durante os últimos anos, os estudantes – sobretudo das áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática (CTEM) – denunciaram a exclusão digital provocada pela falta de equipamentos e acesso a plataformas tecnológicas essenciais à formação académica. “A ausência destes recursos comprometia a aprendizagem e limitava o nosso acesso à inovação científica”, recordou o representante estudantil.
Com o início da distribuição, o Governo dá um passo concreto para inverter esse cenário. Os estudantes reconheceram o gesto como uma vitória da persistência e da visão estratégica do actual Executivo. “Queremos expressar a nossa profunda gratidão ao Presidente Daniel Chapo, cuja liderança tornou possível este marco histórico para a juventude académica moçambicana.”
Em tom de apelo, incentivaram os colegas a usarem os computadores com responsabilidade e propósito: “Que cada equipamento seja transformado numa ferramenta de inovação, aprendizagem responsável e superação dos desafios académicos.”
Conscientes de que esta é apenas a primeira fase de um programa mais abrangente, os estudantes encorajaram o Governo a prosseguir com os investimentos na transformação digital, garantindo que nenhum jovem moçambicano fique para trás na corrida pelo conhecimento. “Estaremos à altura desta responsabilidade. Faremos da educação um verdadeiro instrumento de progresso, inovação e consolidação da liberdade conquistada a 25 de Junho”, declararam, invocando o espírito da independência nacional como fonte de inspiração para um futuro mais justo, inclusivo e tecnologicamente avançado.
Primeira-Ministra reafirma compromisso com inclusão digital no ensino superior
Na ocasião, a Primeira-Ministra, Maria Benvinda Delfina Levi, que presidiu à cerimónia de entrega, afirmou que o programa “Um Computador por Estudante do Ensino Superior” integra os compromissos do Governo para o quinquénio 2025–2029 e constitui uma das acções prioritárias do Plano de 100 Dias. “Esta acção representa um passo firme rumo à inclusão digital, à igualdade de oportunidades e ao desenvolvimento do capital humano”, sublinhou.
Levi revelou que, além dos 5.000 computadores entregues nesta fase inicial, estão previstos mais 15.000 equipamentos a serem distribuídos nos próximos meses a estudantes de cursos de CTEM, seleccionados através de um processo transparente e competitivo, abrangendo todas as regiões do país.
A dirigente destacou ainda a abordagem integrada do Governo para a transformação digital, que inclui o aumento da largura de banda nas instituições de ensino superior, instalação de bibliotecas digitais, capacitação de docentes em inovação educativa, bem como os projectos “Internet nas Escolas” e “Internet para Todos”. Segundo a governante, estas iniciativas visam garantir conectividade universal, melhorar a qualidade do ensino e facilitar o acesso dos cidadãos aos serviços digitais.
A Primeira-Ministra apelou às instituições de ensino, pais e encarregados de educação para divulgarem amplamente o programa e motivarem os estudantes a participar, reafirmando o compromisso do Governo em posicionar Moçambique como uma sociedade digital, inclusiva e competitiva, à luz da Quarta Revolução Industrial.
Recorde-se que esta iniciativa resulta de uma parceria entre o Governo de Moçambique e o Banco Mundial, e está direccionada principalmente para estudantes carenciados do ensino superior, nas áreas de maior impacto para o desenvolvimento tecnológico e científico do país. Faizal Raimo
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