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DESPORTO

Atletismo em Nampula corre contra o abandono através de acções nas escolas

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Após quatro anos de apagão, o atletismo em Nampula quer renascer e recuperar o lugar de destaque no panorama desportivo. A garantia foi dada por Faume Issa Faume, presidente do Conselho de Direcção da Associação Provincial de Atletismo, em entrevista exclusiva ao Jornal Rigor.

Faume reconhece que a modalidade esteve “apagada” aos olhos do público nos últimos anos, mas assegura que há uma nova esperança com os esforços da actual direcção, que aposta no resgate do atletismo através da ligação com as escolas.

“Estamos determinados em retirar o atletismo da penumbra e devolver-lhe a visibilidade. Para isso, estamos a desenhar projectos de massificação ligados à comunidade escolar, porque é nas escolas que se descobrem novos talentos que podem servir a província e o país”, afirmou.

Apesar do optimismo, o dirigente não esconde a preocupação com a falta de apoios e a inexistência de infra-estruturas próprias. “A associação não dispõe de uma pista independente de atletismo, o que dificulta a prática regular. Dependemos de terceiros que possuem campos e isso não ajuda, porque há regras que limitam o seu uso. Além disso, os agentes económicos locais ainda não compreendem que o atletismo pode contribuir para o desenvolvimento económico. Falta apoio financeiro e institucional”, lamentou.

Faume acrescenta que a decadência da modalidade nos últimos quatro anos também se deveu à fraca gestão da direcção anterior. “O atletismo esteve no anonimato porque a direcção anterior não conseguiu dinamizar os jovens. Houve falta de boa gestão e a modalidade foi decaindo a cada ano”, disse.

Apesar das dificuldades, a associação já dá sinais de retoma. No próximo dia 30, terá lugar em Nampula a Corrida da EDM, por ocasião dos 48 anos da empresa, um evento de nível nacional organizado em parceria com a Associação Provincial de Atletismo.

“O atletismo está a ressuscitar. Para esta corrida temos já 850 atletas inscritos de várias províncias, com excepção da Zambézia. Queremos convidar todos a testemunhar este renascimento”, concluiu Faume. Isabe Abdala

 

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