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Após um mês em silêncio, telemóveis de Arlindo Chissale emitem sinais e instigam a possibilidade de que ainda pode estar vivo

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Os celulares do jornalista político Arlindo Chissale, voltaram a emitir sinal após mais de trinta dias de inactividade, reacendendo as esperanças de que o jornalista considerado morto ainda esteja vivo.
Neste Sábado, 8 de Fevereiro de 2025, até um pouco depois das 9 horas deste Domingo (9 de Fevereiro), a esposa, os familiares e até mesmo o activista de direitos humanos, Gamito dos Santos, tentaram várias vezes entrar em contacto com ele por meio de celulares, mas não conseguiram obter resposta.
Chissale foi raptado em Cabo Delgado enquanto se dirigia a Nacala, supostamente por indivíduos que, conforme relatou o Centro de Democracia e Direitos Humanos (CDD), estavam trajando uniformes de polícia. A organização chegou a declarar a sua morte, mas isso não foi confirmado pelas autoridades competentes, nem pela família, que recentemente apresentou dúvidas sobre a aceitação da morte de Chissale.
Odete Muquera, a esposa de Arlindo Chissale, revelou ao Rigor que recuperou as suas esperanças de reencontrar o marido, uma vez que o restabelecimento dos sinais aos seus números é um sinal de que algo positivo poderia acontecer.
“Se esta for uma maneira de comunicar, que ocorra um milagre”, afirmou Odete, ressaltando que caso algo grave tivesse acontecido com Arlindo, as ligações não teriam sido retomadas.
“Eu creio que, se ele tivesse falecido, os números estariam inactivos. Possivelmente, não estariam mais conectados”.
Ao ser indagada sobre a razão de sua ligação, um mês e um dia após o sequestro ocorrido no dia 7 de Janeiro, Odete Muquera respondeu, e citamos:
“No dia 8, percebi que o tempo estava passando e já fazia muito tempo que não falava com meu marido. Sempre procuro tentar o contacto, mas não obtenho resposta. Novamente tentei e percebi que a ligação estava sendo feita, mas ninguém atendia, e fiquei toda tremendo”.
A reportagem do Rigor ficou a saber que após a tentativa de contacto sem retorno, ela imediatamente buscou se comunicar com a família, incluindo seu cunhado, que também tentou fazer várias ligações, mas não obteve resposta do outro lado.

Ao ser indagada se havia informado as autoridades policiais sobre essa nova pista, ela respondeu e disse:
“Após conversar com meu cunhado e ele também ter verificado que está ligando, mas sem obter retorno, decidimos informar as pessoas que nos auxiliam nessa procura, incluindo o advogado. Ele também tentou fazer a ligação, mas não teve resposta”.
A fonte que afirma ter renovado as suas esperanças de receber uma resposta favorável sobre o desaparecimento de seu marido espera que a justiça seja concretizada.
“Anseio por que a justiça prevaleça. Quando o telefone toca, sentimos uma mistura de expectativa e inquietude sobre o que pode estar ocorrendo”.
“O chamar dos números relacionados ao Chissale nos proporciona uma oportunidade adicional para as autoridades investigarem este caso com seriedade. Se de facto desejam se desvincular das responsabilidades pelo desaparecimento do Chissale, temos aqui mais uma informação que, com a determinação do SERNIC ou mesmo da Procuradoria, poderá contribuir significativamente para elucidarmos o crime”, assim afirmou Gamito dos Santos, activista dos Direitos Humanos, vinculado à Rede dos Defensores de Direitos Humanos em Nampula, uma organização que também apoia os esforços para esclarecer o caso do Chissale.
De acordo com Gamito dos Santos, além da expectativa, activar os contactos de Chissale pode também ser uma estratégia para influenciar a percepção da opinião pública.
“No entanto, também pode ocorrer que os indivíduos ou organizações implicadas busquem influenciar a percepção das pessoas, fazendo-nos crer que isso é um crime comum ou normal. Porém, nós rejeitamos essa ideia, uma vez que está claro que aqueles que levaram Chissale estão conectados ao sistema”.
Arlindo Chissale é o dono da página Pinnacle, que nos últimos anos tem se destacado como uma fonte confiável para questões ligadas à insurgência armada em Cabo Delgado.
Nos meses que antecederam seu desaparecimento, Arlindo Chissale prestava apoio a Venâncio Mondlane, que havia sido candidato à presidência nas eleições de Outubro do ano passado. Raufa Faizal

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