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POLÍTICA

Arquidiocese de Nampula ameaça aplicar punição canónica ao padre Fernão Magalhães Raúl

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A Igreja Católica, na Arquidiocese de Nampula, se distancia da candidatura do Padre Fernão Magalhães Raúl, ao cargo de Governador de Nampula, pelo Movimento de Democrático de Moçambique e ameaça caso insista em se candidatar aplicar-he a punição canónica de suspensão a divinis, perdendo assim, o exercício de actos de direitos e de poder adquiridos das ordens sagradas na Igreja católica.

“A candidatura do Reverendíssimo Padre Fernão Magalhães Raúl, ao cargo de Governador de Nampula, é um assunto exclusivamente pessoal e nada tem a ver com a Arquidiocese e toda a Igreja Católica.”

Segundo comunicado oficial da Igreja, assinado pelo Arcebispo de Nampula, Dom Inacio Saúre, a decisão do Padre Fernão Magalhães Raúl, de se candidatar ao cargo de Governador da Província de Nampula, foi tomada sem o conhecimento de seu superior hierárquico, neste caso o arcebispo de Nampula, que alega ter tomado conhecimento do facto nas redes sociais.

“Se o Reverendíssimo Padre Fernão Magalhães Raúl, persistir na sua decisão, a Igreja poderá impor-lhe a pena canónica de suspensão a divinis, isto é, de proibição do exercício de actos de direitos e de poder adquiridos das ordens sagradas e se o fizer, poderá ser-lhe aplicada uma pena mais grave, sem excluir a possibilidade de perda do estado clerical”, refere o comunicado que explica que, “dada a sua indisponibilidade para o exercício das funções de Pároco de Cazuzu, o Reverendíssimo Padre Fernão Magalhães Raúl, cessou essas funções e a Paróquia ficará sob o governo pastoral interino do pároco da vizinha Paróquia, de Santa Ana de Cazuzua, Paróquia de Nossa Senhora das Graças de Murrupula”

Na nota oficial da Igreja Católica em Nampula, o Arcebispo enfatiza que a postura adoptada pelo Padre Fernão Magalhães, ao se candidatar a um cargo político, (Governador da província), é contrária às directrizes eclesiásticas vigentes, as quais proíbem os clérigos de trabalharem em funções que envolvam participação no governo civil, conforme estipulado no Código de Direito Canónico.

“Os clérigos são proibidos de assumir cargos, que importem a participação no exercício do poder civil” (Cân. 285 § 3)”, lê-se no documento, daí que após o Arcebispo de Nampula, ter tomado conhecimento da candidatura do Padre Fernão Magalhães Raúl, a Governador da Província de Nampula, através das redes sociais, segundo enfatiza, teria sido chamado a explicar-se e aconselhado fraternalmente, a retirar a sua candidatura por ser contrária à lei canónica, como referido no número.

“No encontro, o candidato pediu verbalmente ao Arcebispo uma dispensa temporária, do ministério sacerdotal, por dois anos, o que não foi aceite, tendo sido instruído para fazê-lo por escrito, para que a resposta do Ordinário do lugar, também fosse por escrito”, diz a nota e continua: “Uma vez negada por escrito pelo Arcebispo a dispensa temporária do ministério, por ser canonicamente improcedente, (em Ofício de 6 de Julho de 2024), seguiram-se várias tentativas de persuasão ao Reverendíssimo Padre Fernão Magalhães Raúl, a retirar a sua candidatura. Mas ele, ao mesmo tempo, que dizia não estar disposto a deixar o ministério sacerdotal, negou obstinadamente abandonar a sua decisão e fé-lo até que entrou formalmente na campanha política eleitoral em curso no país”.

Antes de tomar a decisão de se candidatar ao cargo de governador de Nampula, o Padre Fernão Magalhães Raúl, do Clero Diocesano de Nampula, exercia o cargo de Pároco da Paróquia de Santa Ana de Cazuzu, em Murrupula. Raufa Faizal

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