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Sismo Eduardo:“Chapo é forte, nem Ossufo nem Lutero podem vencê-lo”

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O activista social Sismo Eduardo afirmou que a FRELIMO está em clara vantagem nas eleições presidenciais de 9 de Outubro próximo, ao escolher um candidato anónimo, sem histórico de corrupção, para concorrer à presidência da República, diferentemente da maioria dos quadros políticos do partido que governa em Moçambique desde a independência nacional.

Para o activista que tem sido crítico à FRELIMO, desta vez o partido fez a escolha mais acertada, o que provavelmente lhe garantirá a presidência sem recorrer ao seu habitual plano de manipulação.

Ele afirma que os conflitos que ocorrem no principal partido de oposição, a RENAMO, juntamente com a fragilidade da reputação do Movimento Democrático de Moçambique, beneficia ainda mais a FRELIMO e seu candidato Daniel Chapo.

“Mesmo diante de uma competição acirrada, inteligentemente, a FRELIMO conseguiu trazer à tona alguém, que até então estava em anonimato, apesar de possuir o cargo de governador provincial, era uma pessoa pouco comentada. Na minha opinião, essa escolha foi estratégica para apresentar uma figura pública que não esteja envolvida em escândalos”, afirmou Sismo Eduardo, ressaltando que, isso não significa que Chapo não cometeu erros no passado, “mas que não são tão relevantes”.

Durante a entrevista, ele focou suas críticas nos partidos de oposição. Em relação à Renamo, ele argumentou que perdeu sua capacidade de promover a democracia em seus discursos, uma vez que em seus eventos mais recentes, a Resistência Nacional de Moçambique agiu de forma contrária aos princípios democráticos globalmente aceites. Ele afirmou que, enquanto a RENAMO não respeitar os valores democráticos, será difícil de se autodenomina como um partido democrático ou como defensor da democracia.

“A RENAMO não tem a liberdade de se proclamar como o precursor da democracia em Moçambique em locais públicos. O que presenciamos em Alto-Molócuè não representa democracia, mas sim uma deturpação da democracia no país. Esperava-se um comportamento mais digno”, afirmou Eduardo ao criticar a violência e as restrições severas aos membros durante o último congresso do partido.

“Num congresso, é essencial permitir a participação de membros mais experientes. Um ex-secretário do partido foi proibido de entrar no congresso hoje, enquanto um autarca de um município liderado pela RENAMO pode enfrentar desafios para acessar o evento. Isso evidencia a perda de legitimidade da RENAMO para representar a democracia e adoptar práticas semelhantes às do partido no governo”.

“Hoje a RENAMO não pode falar de Lambe-botismo”, afirmou Sismo Eduardo, que também expressou sua insatisfação com o MDM, por ter se destacado anteriormente na defesa dos jovens, mas agora, assim como a RENAMO, se tornou um partido dominado por mais velhos.

“Não é mais apropriado para MDM, actualmente defender a importância de conceder liderança aos jovens. Lutero não é mais considerado jovem. O mesmo se aplica a Ossufo Momade, moralmente ele não tem autoridade para afirmar que a liderança deve ser passada para os jovens. Ossufo Momade não é mais jovem, ele já lutou o suficiente, já fez o que era necessário. O ideal para eles seria se afastar e permitir que os jovens assumissem o poder”. Elina Eciate

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