Connect with us

DESTAQUE

Ossufo Momade desafia FRELIMO e MDM a respeitarem democracia interna na escolha de candidatos

Publicado há

aos

Num apelo bastante polémico, Ossufo Momade, líder do principal partido da oposição em Moçambique (RENAMO), pediu aos dirigentes dos partidos FRELIMO e MDM para respeitarem a democracia interna na escolha dos candidatos a cargos de liderança, considerando as vontades dos membros.

O apelo surge num momento em que na Frelimo, actualmente retoma o processo eleitoral após a falta de consenso ontem (dia 3 de Maio), o MDM também se prepara para escolher o seu candidato para as eleições presidenciais de 9 de Outubro próximo.

Considerando-se o cérebro por trás da democracia multipartidária em Moçambique, Ossufo Momade afirma que a Renamo anseia por uma democracia interna nos partidos FRELIMO e MDM, permitindo que seus membros exerçam o direito de escolha. Ele destaca que a luta da RENAMO foi pela democracia multipartidária e, por isso, espera que ambos os partidos adaptem a democracia interna nas suas estruturas.

Durante a colectiva de imprensa realizada por Momade no final da tarde de Sexta-feira, 3 de Maio, em Nampula, ele afirmou que a Renamo está em plenas condições, minimizando as divergências internas em busca de poder.

“Nós iremos realizar nosso congresso entre os dias 16 e 17 de, não vamos deixar que isso interfira no que está acontecendo actualmente na FRELIMO e no MDM. Eles vão escolher os candidatos que pretendem concorrer, e a RENAMO fará a sua parte para enriquecer sua democracia interna”, explicou. “Na RENAMO nunca houve divisões. Permanecemos unidos e coesos. A liderança da RENAMO é forte e unificada. Apenas para mostrar nosso compromisso com a democracia, nunca perseguimos o irmão Venâncio Mondlane. Se ele decidir voltar a razão, continuará a ser bem-vindo na RENAMO, pois em nenhum momento Venâncio foi impedido de ficar. Nunca contemplamos sua expulsão, apenas o convidamos a voltar a razão”.

Considerando as várias dificuldades que o país enfrenta, Momade elaborou um perfil ideal para o próximo presidente. Na sua visão, o próximo líder deve priorizar o bem-estar do povo moçambicano.

“O perfil é único, enquanto o país está em guerra, embora em guerra não declarada. Seria desejável que Moçambique contasse com um líder capaz de promover a paz em todo o país. Uma paz que perdura. Alguém que consiga solucionar as questões da juventude, como habitação e emprego, em benefício de todos os moçambicanos e para amenizar o sofrimento que assola a nação”.

Momade acredita que é inaceitável que um país com mais de 40 anos de independência ainda enfrentam péssimas condições de estradas e de desenvolvimento em todas as áreas. “Recentemente, estive em Lalaua e Mecubúri e vi o sofrimento daquela comunidade. Sem vias de acesso, eles não conseguem vender seus produtos. Nem os compradores, como os comerciantes, conseguem chegar lá devido às condições precárias das estradas”. Ele destacou que não faz sentido que os moçambicanos ainda tenham que beber água de charco, após 46 anos de independência, como acontece em muitas províncias do país.

“Independentemente de quem seja a pessoa que assuma a presidência, é fundamental que ela se empenhe em solucionar as questões que impactam a população de Moçambique. Um dos principais desafios a serem superados é a melhoria da educação e da saúde, pois sem uma saúde adequada, a qualidade de vida do povo fica comprometida. Da mesma forma, sem acesso à educação de qualidade, o país não terá profissionais capacitados em áreas essenciais como engenharia, enfermagem e jornalistas”. Vânia Jacinto

 

Continue Lendo
Clique para comentar

Leave a Reply

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Mais Lidas