ECONOMIA
Os bairros de Namicopo e Murrapaniua lideram estatísticas de vandalização e roubo de material eléctrico da EDM

A Electricidade de Moçambique indica que os bairros de Namicopo e Murrapaniua, na cidade de Nampula, são os que têm apresentado o maior índice de vandalismo e roubo de materiais eléctricos, nos últimos quatro meses desde Outubro de 2024.
A EDM reuniu jornalistas para esclarecer que, durante todo o período de manifestações e ainda actualmente, os dois bairros permanecem à frente em casos de sabotagem em Postos de Transformação eléctrica, com os envolvidos furtando materiais eléctricos.
Além das perdas relacionadas ao reabastecimento, que actualmente são estimadas em 3 milhões de meticais, a EDM também sofre prejuízos adicionais devido à falta de aquisição de energia pelos consumidores durante o período do apagão, que varia, dependendo do tipo de vandalização. Por exemplo, numa recente vandalização, ocorrida em Namicopo, 500 famílias ficaram mais de 24 sem corrente eléctrica.
“Um dos desafios que enfrentamos nos últimos três meses na cidade de Nampula é a vandalização de equipamentos eléctricos. Actualmente, estimamos que os danos já somam três milhões de meticais, considerando não apenas o custo de reposição, mas também as perdas decorrentes da interrupção no fornecimento de energia, afectando a população que depende desse serviço. Além disso, as infra-estruturas da EDM estão sendo alvo de vandalismo”, afirmou o Engenheiro Cristiano Neves, responsável pela Área Operacional na cidade de Nampula.
A fonte relatou que, além dos recorrentes roubos em Postos de Transformação eléctrica, a EDM está sendo impactada pela chuva que vem afectando Nampula desde a passagem do Ciclone DIKELEDI, o qual também provocou grandes perdas financeiras.
“Actualmente, estamos vivenciando a época de chuvas. O nível de actuação está em andamento, mas nossa capacidade de absorver o impacto das descargas atmosféricas provocadas pela chuva tem sido quase inexistente. Embora tenhamos realizado intervenções em um período reduzido, elas não se mostraram totalmente eficazes. Existem ainda bairros que estão em processo de recuperação do sistema. Recentemente, fomos afectados pelo ciclone DIKELEDI, que causou sérios danos ao fornecimento de electricidade. O trabalho de restauração está sendo realizado, mas algumas áreas ainda necessitam de atendimento”.
O engenheiro Cristiano Neves também destacou que a combinação de roubo de materiais eléctricos e as chuvas têm resultado em um fornecimento de energia de baixa qualidade em diversos bairros da cidade de Nampula, com interrupções frequentes. Isso se deve à limitada capacidade de actuação da EDM.
Cristiano Neves, disse que, além disso, a situação de vandalização do sistema de iluminação pública é visível, resultando em diversas áreas, tanto nos bairros quanto no centro urbano, especialmente em certas ruas, sem a devida iluminação.
Segundo a fonte, a maioria desse sistema é prejudicada desde os Postos de Transformação, onde os criminosos furtam os dispositivos que possibilitam a automação do accionamento e desligamento da energia, conhecidos como fotocélulas e contadores.
“O programa para a recuperação da iluminação pública já está em curso e em breve realizaremos as mudanças necessárias. O que está ocorrendo é que temos alguns dispositivos instalados em nossos Pontos de Transformação (PTs), que permitem a ligação da energia à noite e a desconexão pela manhã. Infelizmente, esses equipamentos também estão sendo alvo de vandalismo. Estamos trabalhando em um novo projecto de instalação que tornará mais difícil o acesso dos vândalos aos equipamentos”, afirmou Cristiano Neves, director da área operacional da EDM na cidade de Nampula, pedindo à população dos diversos bairros que se mantenham atentos e colaborem com a Electricidade de Moçambique na denúncia de práticas irregulares.
O Rigor sabe que a maioria dos indivíduos que danificam os equipamentos eléctricos nas áreas urbanas de Nampula se aparecem trajando uniformes parecidos com os da EDM. Cristiano Neves menciona que existem diferenciações claras entre os vândalos e os trabalhadores da EDM, ao apontar que os colaboradores, além de se deslocarem em veículos oficiais, possuem crachás identificadores. Ele ressalta que esses distintivos são fundamentais para auxiliar no esforço de vigilância que a EDM demanda. Elina Eciate
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