Connect with us

DESTAQUE

Na sua maioria moçambicanos: PGR revela envolvidos em actividades terroristas em Moçambique

Publicado há

aos

Pela segunda vez, a Procuradoria-Geral da República (PGR) anunciou a lista de pessoas envolvidas em actividades terroristas, financiamento e crimes conexos em Moçambique, com 16 indivíduos, sendo 14 deles moçambicanos e dois tanzanianos.

No ano de 2023, a Procuradoria-Geral da República divulgou uma lista com 46 nomes e grupos associados ao Estado Islâmico. Nessa relação, 43 eram indivíduos, sendo 37 moçambicanos e seis tanzanianos. Isso significa que o número de tanzanianos envolvidos em actos terroristas em Moçambique aumentou para oito, enquanto os moçambicanos subiram para 51.

Conforme publicado no Boletim da República, os 16 indivíduos, cujas idades estão entre 23 e 77 anos, foram denunciados por cometerem actos terroristas, o que levou à sua inclusão na Lista Designada Nacional, conforme justifica o despacho da publicação.

“Usando das competências conferidas por Lei, no ano 2023, a Procuradoria-Geral da República de Moçambique procedeu à designação de pessoas singulares e colectivas envolvidas em prática de crimes de terrorismo, seu financiamento e conexos, por despacho de 12 de Julho de 2023, publicado no Boletim da República (BR) Número 133, I Série. Sucede que, após aquele procedimento, outras pessoas foram indiciadas na prática de actos análogos, justificando-se a sua inclusão na Lista Designada Nacional”, justifica o despacho Publicado pelo Boletim da República e continua:

“Nos termos do artigo 25, al. i) da Lei n.º 15/2023, de 28 de Agosto, compete ao Procurador-Geral da República, no âmbito do processo de designação de pessoas singulares ou colectivas, grupos, organizações ou entidades para a inclusão na Lista Nacional “efectuar a actualização e publicação da Lista Nacional de pessoas singulares ou colectivas, grupos, organizações ou entidades designadas”. Assim, ao abrigo do acima exposto, em conjugação com o n.º 1 do artigo 26 da Lei n.º 15/2023, de 28 de Agosto, que estabelece o regime jurídico de prevenção, repressão e combate ao terrorismo e proliferação de armas de destruição em massa, designo, para efeitos da actualização da Lista Nacional, as pessoas singulares que constam da lista em anexo, que faz parte integrante do presente despacho. Publique-se, nos termos do n.º 8 do artigo 26 da lei acima citada”

O despacho é assinado pelo Vice-Procurador-Geral da República, Alberto Paulo.

Entre os 16 indivíduos, consta a tanzaniana Safina Firbate Maulana, de 36 anos, nascida em Ntandaimba e moradora do Bairro Nidjendjele, na Província de Ntwara, na Tanzânia. De acordo com o relatório oficial da Procuradoria-Geral da República, Safina Firbate Maulana se juntou ao grupo terrorista em 28 de Outubro de 2020, vindo da Aldeia Mitsendjele, na Tanzânia. Ela foi enviada para o acampamento terrorista localizado no Posto Administrativo de Mpundanhar, no Distrito de Palma, na Província de Cabo Delgado, em Moçambique.

O segundo tanzaniano é  Ally Yussuf Liwangwa, 47 anos (Residente em Newala, Ntuara) e mais dois suspeitos não conhecidos, eles abordaram um indivíduo para seleccionar 50 jovens, sendo 30 mulheres e 20 homens, para supostamente trabalharem em organizações internacionais, prometendo pagar um valor de 1.000.000,00MT (um milhão de meticais) como compensação.

Entre os 14 residentes, destaca-se Ajame Momade Ali, cidadã moçambicana de 48 anos, que foi presa enquanto transportava uma variedade de itens (farinha de milho, arroz, bebidas energéticas, chapas de zinco e geradores eléctricos) em um barco da Vila Sede de Palma para a Ilha Vamizi, avaliados em 180.500,00MT (cento e oitenta mil e quinhentos meticais).

Abdala Muarabo, cidadão de 23 anos natural de Aldeia Maculo, Bairro Ndondo e morador na época em que foi preso no bairro Milamba, Distrito de Mocímboa da Praia. Ele é parente e colaborador de Muamudo Ibraimo Dade (conhecido como Sheik Muamudo ou Dade), um dos líderes envolvidos em actividades terroristas nos Distritos de Macomia, Mocímboa da Praia, Nangade, Mueda, Muidumbe, Meluco e Quissanga.

Aos 77 anos, Amir Yassine Chabire, natural de Moçambique, se juntou ao grupo terrorista em 2020, no acampamento localizado na Aldeia Camalinga, no distrito de Palma, em Cabo Delgado, sob o comando de Sheik Ibraimo.

Dois dos cidadãos locais da relação possuem 23 anos e destacam-se como os integrantes mais jovens do grupo capturado pelas Forças de Defesa e Segurança de Moçambique, com apoio das tropas de Ruanda e da Missão Militar da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SAMIM). Entre eles está Mamudo Ismael Sefo Sante, que foi abordado por um trio de pessoas com o objectivo de recrutar 50 jovens, sendo 30 mulheres e 20 homens, prometendo empregos em organizações internacionais em troca de 1.000.000 meticais (equivalente a 15,6 mil dólares, de acordo com a taxa de câmbio actual).

A PGR acusa as 16 pessoas de participação em ataques terroristas, financiar e recrutar membros para os insurgentes que perpetram os seus actos em alguns distritos de Cabo Delgado.

O terrorismo em Cabo Delgado iniciou em finais de 2017, os distritos de Cabo Delgado vêm sendo alvo de acções terroristas, resultando em aproximadamente quatro mil vítimas fatais e mais de 1,4 milhão de pessoas deslocadas internamente. Redacção

Continue Lendo
Clique para comentar

Leave a Reply

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Mais Lidas