SOCIEDADE
Julgamento do activista Pachoneia travado por irregularidades processuais
O julgamento do activista social Joaquim Pachoneia, acusado de difamação pelo ex-delegado do Instituto Nacional de Transportes Rodoviários (INATRO), Hilário Macie, foi suspenso por 30 dias pelo Tribunal Judicial da Cidade de Nampula. A decisão foi anunciada esta quarta-feira (29.10), após a defesa levantar dúvidas sobre a validade e a tramitação do processo.
De acordo com o activista, o tribunal considerou necessário analisar com mais detalhe as irregularidades apontadas pelo seu advogado, o que motivou a suspensão. Entre os pontos levantados estão alegadas falhas de procedimento que poderiam comprometer a legalidade do julgamento.
Pachoneia, conhecido pelas suas denúncias públicas contra casos de corrupção, reafirmou que está a responder em tribunal por actos praticados no interesse da comunidade. “Eu denunciei um caso de corrupção no INATRO. O ministro dos Transportes confirmou as denúncias e exonerou o delegado. Agora, sou eu quem está a ser processado”, declarou ao Jornal Rigor.
O processo actual inclui um pedido de indemnização de 6,5 milhões de meticais, valor que o activista considera “exagerado e inapropriado”. Segundo disse, esta já é a segunda tentativa de responsabilizá-lo judicialmente: o primeiro processo, que pedia 3,5 milhões de meticais, foi arquivado por falta de provas.
“Se acharem que eu não tenho razão, que me prendam. Se acharem que tenho, alguém deve indemnizar-me”, disse Pachoneia, sublinhando que continuará a agir como voz da comunidade sempre que identificar injustiças sociais.
O activista, que se define como comunicador e defensor de direitos humanos, reforçou que não tem qualquer agenda política. “Eu não sou político, sou activista social. Não procuro cargos, procuro consciencializar os políticos”, concluiu. Vânia jacinto
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