Connect with us

ELEIÇÕES GERAIS 2024

Famílias das vítimas das manifestações pedem diálogo pacífico nas reivindicações

Publicado há

aos

Parentes de vítimas mortais e dos feridos em decorrência das manifestações organizadas por Venancio Mondlane, nesta Quarta-feira (13.11.2024) em Nampula, solicitam aos responsáveis dos protestos para procurarem outras formas de pressionar a justiça eleitoral sem comprometer a segurança dos cidadãos moçambicanos.

Os entrevistados que clamam por justiça em relação à morte de seus entes queridos, acreditam que uma manifestação em Nampula não irá trazer de volta a verdade eleitoral. Eles afirmam que o lugar mais adequado para isso seria em Maputo, onde os organizadores das manifestações poderiam se reunir e discutir as divergências.

De acordo com relatos colectados em Namicopo, as vítimas mortais e feridos em Nampula não estavam envolvidos nas manifestações. Eles perderam a vida quando a polícia começou a dispersar os manifestantes com gás lacrimogéneo. Durante a fuga, a polícia prosseguiu com a acção, adentrando os bairros e atingindo pessoas que estavam em seus quintais.

Em meio a lamentação, os nossos entrevistados pedem que Venâncio Mondlane e o partido Frelimo, actualmente no governo de Moçambique, solucionem as suas divergências sem causar mais mortes a pessoas inocentes.

Nina Abudo, irmã de uma das vítimas fatais, nesta Quarta-feira em Nampula, expressou a sua tristeza pelo acontecimento e solicitou que as partes envolvidas, Venâncio Mondlane e o governo do Dia, busquem alternativas para solucionar as suas divergências eleitorais.

Nina Abudo, afirma que enquanto Venâncio persistir em incentivar os moçambicanos a se unirem às manifestações, eles continuarão a perder a vida, mesmo sem entender o motivo e os interesses das suas reivindicações.

“Meu irmão estava no quintal, não estava na manifestação, os agentes da polícia entram aqui na zona, começaram a regar os jovens com gás lacrimogéneo, por que fizeram isso? Porque não lutam entre eles?” pergunta Nina Abudo sugerindo que caso as manifestações continuem, elas devem acontecer na cidade onde está localizada a capital do país e do governo moçambicano, neste caso, em Maputo.

“Porque não fazem isso lá no Maputo, onde é o centro das atenções? Porque não sentam lá na ponta vermelha conversarem, não é para matar população inocente, nós não sabemos de nada, o que eles querem, está lá na ponta vermelha, esse Venâncio e esses da Frelimo, que sentem e conversem, não matando população, não temos nada a fazer”, Nina Abudo expressa sua frustração ao afirmar que, diante da ausência de justiça em Moçambique, não tem mais como lutar por justiça pela morte de seu irmão.

“Moçambique não há justiça, mesmo meter queixa vão levar o documento e ser arquivado, um pobre nunca é resolvido, se fosse filho de um magnata faria algo.”

Isaura Virgílio, tia de uma das vítimas que perderam a vida nas manifestações ocorridas nesta Quarta-feira em Namicopo, clama por justiça e afirma que seu parente não estava envolvido nas manifestações que desencadearam os disparos.

“Nós queremos a justiça, porque eles não estavam a manifestar, estavam sentados na varanda, então quando a polícia veio, entrou e começou a regar todos eles”.

Isaura Virgílio expressou seu desejo de que as manifestações cessem, pois, segundo ela, esses actos estão resultando na perda de vidas de pessoas inocentes.

Ancha Chicote, que é familiar de um dos feridos, relatou que seu sobrinho não estava envolvido nas manifestações. Segundo ela, quando a polícia chegou, o seu parente se encontrava a realizar as suas actividades habituais, de repente, a polícia iniciou os disparos, atingindo o jovem.

Recorde-se que até a hora em que realizamos as entrevistas, o bairro de Namicopo, principalmente a chamada B13 de Namicopo, onde tudo começou, encontrava-se em total agitação. Elina Eciate

Continue Lendo
Clique para comentar

Leave a Reply

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Mais Lidas