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ECONOMIA

Ex-administrador de Lalaua acusado de roubar viatura e negociar ouro às escondidas

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Alfredo Matata reage: “Não tenho nenhum carro de Lalaua, nem motorizada, nem bicicleta”

O antigo administrador do distrito de Lalaua, Alfredo Artur Matata, é apontado num documento anónimo enviado ao Secretário de Estado da Província de Nampula como protagonista de esquemas de corrupção, desvio de bens públicos e negócios obscuros ligados à exploração de ouro.

De acordo com a exposição, à qual o Rigor teve acesso, Matata teria apoderado-se de uma viatura do Estado, uma Toyota Hilux 3.0, cor cinzenta, matrícula AEK 964 MP, que permaneceu durante meses na casa do Director Distrital de Actividades Económicas, só sendo retirada após a sua cessação de funções, em Junho último.

O documento denuncia ainda que Matata terá conduzido negociações paralelas com uma empresa interessada na exploração de ouro em Mululi, no posto administrativo de Meti, efectuando pagamentos a famílias afectadas por reassentamentos sem qualquer auscultação das comunidades locais.

Além do ex-administrador, a acusação envolve também o secretário permanente distrital, Teófilo Feliciano Pedro, e dirigentes do sector da saúde, acusados de desviar motorizadas, redes mosquiteiras, subsídios e bens hospitalares. Os autores da denúncia exigem uma auditoria urgente e profunda às contas públicas de Lalaua, alegando que o distrito foi capturado por uma rede de interesses obscuros.

Contactado pelo Rigor, Alfredo Matata rejeitou todas as acusações, considerando tratar-se de uma tentativa de difamação.

“Essa informação não está muito bem feita. Procurem mesmo a fonte mais digna, se será eu ou outro administrador, porque eu saí há dois, três meses. Não tenho nenhum carro de Lalaua, nem uma motorizada, nem bicicleta. Também eu não faço isso. Já passei em muitos distritos, nem por alienação, nem nada, nunca fiz”, afirmou.

Matata acrescentou que nunca se apropriou de bens públicos e recomendou que as acusações sejam verificadas junto das autoridades locais. “Se alguém levou o carro, não pode ser o Alfredo. Era bom ligar para o administrador que está lá. Eu não faço isso.”

O ex-dirigente lamentou o que considera ser uma tentativa de manchar o seu nome e disse esperar que as investigações apurem a verdade. Vânia Jacinto

 

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