ECONOMIA
Em Nampula: Governo desencoraja manifestações e quer todos no seu local de trabalho
As autoridades governamentais na província de Nampula, querem que todos os trabalhadores de todos os sectores laborais dirijam-se ao seu local de trabalho e, igualmente, encorajam as populações a seguirem com as suas actividades normalmente, evitando envolver-se em actos de vandalismo e/ou quaisquer manifestações.
Esta exortação foi deixada na Quarta-feira (23.10.2024) pelo Secretário de Estado de Nampula, Jaime Neto, no decurso de um encontro que manteve com membros e dirigentes de diferentes organizações sócio-profissionais, com destaque para Associação dos Transportadores Rodoviário de Nampula (ASTRA), empresários, Associação dos Taxistas de Nampula e associação de jovens, na sequência das manifestações nacional de dois dias anunciadas pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane.
Jaime Neto entende que as manifestações podem afectar drasticamente a economia de Moçambique, principalmente a da província de Nampula, em que maior número da população depende dos negócios formais e informais para a sua sobrevivência.
“Aderindo às manifestações, a nossa economia na nossa província vai sofrer demasiadamente, então não é por acaso que chamamos todos os responsáveis que estão aqui, para a pedir para quando saírem neste encontro passarem essa informação de que as manifestações prejudicam a nós todos. Por isso, vamos dizer não às manifestações e vamos trabalhar”, exortou.
E, porque no encontro participaram empresários de diferentes ramos, o responsável deixou recados; “Devemos mostrar a nossa determinação, para continuarmos a fazer crescer a nossa economia. Nas nossas empresas devemos trabalhar com os nossos colaboradores, sensibilizando-os a não aderir a nenhuma manifestação. Tenho a máxima certeza que não há nenhum empresário satisfeito com esta irresponsabilidade que este cidadão [Venâncio Mondlane, candidato presidencial do PODEMOS] convoca manifestação, a saber que o nosso povo precisa de pôr pão na mesa da sua família”, referiu.
Aos jovens, a camada social que mais se tem destacado em situações similares na província de Nampula e no país em geral, recordo-os que a violência e tumultos não resolvem problemas, senão dor e lutos nas das famílias. A título de exemplo, cita casos ocorridos em Maputo e Beira.
“Nossos irmãos inocentes perderam a vida, e ninguém pode ficar satisfeito. Por causa disso, pararam sonhos desses moçambicanos e dessas famílias, então aqui na nossa província, devemos evitar a situação de Maputo, porque qualquer falha pode afectar a cada um de nós e vamos parar os nossos sonhos. A nossa população está com fome. Ele [Venâncio] está satisfeito porque tem pão na mesa e quer manipular a população que não tem nada para comer e que luta para a sua sobrevivência”, repudiou.
Segurança e transportes garantidos à população
O Secretário de Estado de Nampula assegurou que há todas as condições para o normal funcionamento das instituições públicas e privadas em toda a província, destacando acesso e maior circulação de transporte, unidades sanitárias e a segurança e protecção de todos os habitantes, durante os dois dias das manifestações anunciadas.
Jaime Neto encoraja a abertura das lojas e de outros estabelecimentos comerciais. “As nossas lojas devem abrir; vamos trabalhar. A Polícia da República de Moçambique nesses dias, tal como a 21 de Outubro, vai continuar a trabalhar determinada para a protecção da integridade dos cidadãos aqui na nossa província”, disse.
O dirigente informou que a Polícia estará posicionada em locais estratégicos, para evitar qualquer manifestação que perturbe a ordem e segurança pública na cidade e província de Nampula.
Aos taxistas de motorizada, o recado é de que, à semelhança dos transportadores rodoviários, trabalhem normalmente e continuem sem medo a “levarem aos nossos concidadãos, ajudando-os na sua mobilidade dentro e fora do perímetro urbano”.
Uma homenagem ao elvino dias e paulo guambe
As autoridades administrativas da província, por intermédio do Secretário de Estado, renderam homenagem ao advogado e assessor jurídico do candidato presidencial Venâncio Mondlane e Paulo Guambe, mandatário nacional e director do gabinete de imprensa do partido podemos, assassinados à queima-roupa, na passada Sexta-feira, na cidade de Maputo.
“Estes dois cidadãos são pessoas que têm as suas famílias, são pessoas que deram a sua maneira de contributo para o país, lamentamos”, disse para depois lançar crítica a pessoas que supostamente usam os finados para provocar agitação e desordem.
“Estão a usar a morte desses cidadãos para convocar outras manifestações, mas imagine só a paralisação do dia 21 criou consequências, não só para os empresários, mas para outros sectores. Por isso, não aceitem ser instrumentalizados”, desencorajou a terminar. Vânia Jacinto
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