SOCIEDADE
CESC reforça inclusão das mulheres no diálogo nacional inclusivo
O Centro de Aprendizagem e Capacitação da Sociedade Civil (CESC) vai liderar, em coordenação com a Comissão Técnica do Diálogo Nacional Inclusivo (COTE), os esforços da sociedade civil para garantir que as vozes e demandas das mulheres sejam efectivamente integradas no processo de diálogo em curso no país.
O compromisso foi formalizado esta quarta-feira (29 de Outubro), com a assinatura de um memorando de entendimento entre a presidente do CESC, Fernanda Teixeira, e o presidente da COTE, Edson Macuácua. O documento estabelece a criação de espaços e momentos dedicados à auscultação das mulheres em sua diversidade, com o objectivo de assegurar uma participação mais ampla e representativa no diálogo nacional.
No âmbito do programa ALIADAS, promovido pelo CESC, serão realizados encontros nacionais e regionais de auscultação para recolher opiniões e perspectivas de mulheres de diferentes idades, etnias, classes sociais e regiões sobre os dez temas de reformas em debate. As actividades incluem ainda a produção de documentos analíticos, que serão discutidos em encontros temáticos antes de sua submissão à COTE.
Para viabilizar a iniciativa, o CESC contará com a colaboração de parceiras estratégicas, como a ONU Mulheres, a Fundação MASC, o Fórum da Sociedade Civil para os Direitos das Crianças (ROSC) e a Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade (FDC). O Fórum Mulher coordenará os eventos nacionais, enquanto fóruns e organizações femininas provinciais — como FOFeN (Niassa), NAFEZA (Zambézia), FAFI (Inhambane) e NAFET (Tete) —, bem como associações parceiras do programa ALIADAS, irão dinamizar as actividades regionais.
Durante a assinatura do memorando, o presidente da COTE, Edson Macuácua, afirmou que a proposta apresentada pelo CESC vem responder a uma das maiores preocupações da comissão: encontrar um modelo apropriado para integrar as mulheres no diálogo. “Sabemos que as mulheres são o rosto mais visível dos problemas que afectam o país”, afirmou, acrescentando que a COTE, sozinha, teria limitações para captar todas as sensibilidades femininas.
Também Ivone Soares, membro da COTE, enalteceu a iniciativa do CESC, sublinhando que o contributo da organização é fundamental para tornar a auscultação mais inclusiva e abrangente.
Por sua vez, a presidente do CESC, Fernanda Teixeira, reforçou a importância de uma abordagem sensível ao género em todas as fases do processo. Sublinhou que as reformas políticas que resultarem do diálogo devem criar um ambiente justo e equitativo, onde todas as mulheres tenham as suas vozes ouvidas e as suas necessidades atendidas.
Recordou que o processo do diálogo nacional inclusivo deve ser concluído nos próximos dois anos, o que exige maior coordenação e partilha de responsabilidades entre os diferentes actores. Redacção
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