ECONOMIA
AGRA investe mais de 2 milhões de dólares no corredor de Nacala para dinamizar agricultura
A Aliança para a Revolução Verde em África (AGRA) está a investir mais de 2 milhões de dólares no corredor de Nacala, que abrange as províncias de Nampula, Niassa e alguns distritos de Cabo Delgado, com o objectivo de fortalecer cadeias de valor agrícolas e melhorar o acesso dos pequenos produtores aos mercados.
A informação foi avançada pelo líder de programas da AGRA em Moçambique, Benvindo Verde, que explicou que os recursos serão aplicados em actividades de formação, conservação pós-colheita e promoção de tecnologias inovadoras. “Queremos que os agricultores tenham condições de armazenar os seus produtos, conservar a qualidade e vender em mercados estruturados a preços justos”, disse.
De acordo com o responsável, um dos principais entraves no corredor de Nacala é o escoamento da produção. Muitas comunidades estão localizadas em áreas rurais de difícil acesso, o que deixa os produtores dependentes de intermediários. “Quando não há ligação directa com os mercados, o camponês perde poder de negociação e vê os seus produtos comprados a preços muito baixos”, explicou.
O investimento da AGRA inclui igualmente a criação de plataformas de informação que liguem compradores e produtores, reduzindo o vazio de comunicação sobre quantidades, qualidade e localização da produção. “O mercado existe, mas muitas vezes os produtores não conseguem chegar a ele. O nosso papel é facilitar essa aproximação”, destacou Verde.
Além da ligação ao mercado, o programa prevê a disseminação de práticas de gestão pós-colheita, como o uso de sacos herméticos e outras tecnologias de armazenamento que reduzem as perdas. “Sem um bom sistema de conservação, o produtor perde parte da colheita antes mesmo de chegar ao mercado. Isso significa menos rendimento e mais desperdício”, acrescentou.
O corredor de Nacala, por ser uma zona de elevada produção agrícola, foi escolhido como prioridade estratégica. A AGRA acredita que, com investimentos direccionados, será possível dinamizar cadeias de valor de culturas como milho, soja e feijão, além de garantir maior resiliência às mudanças climáticas.
A expectativa é que o programa contribua para criar um ambiente agrícola mais competitivo e sustentável, com impacto directo na segurança alimentar e na geração de rendimento das famílias rurais. Redacção
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