SOCIEDADE
Achegar Tiodósio diz que promessas vazias do Governo de Moçambique podem acender fogo da insatisfação popular

O professor universitário Achegar TIodósio alertou que se o Governo de Moçambique persistir em fazer promessas sem implementar acções efectivas que beneficiem a população, o país poderá enfrentar um aumento da insatisfação popular, o que pode levar a greves, interrupções de estradas e até confrontos mais sérios entre os cidadãos e as forças de segurança.
“O governo pode buscar tranquilizar os cidadãos por meio de acções provisórias, como incentivos financeiros e discursos bonitos, sem abordar as causas fundamentais das questões. Essa abordagem apenas postergaria futuras tensões sociais e políticas. No entanto, o futuro de Moçambique estará atrelado às escolhas feitas nos meses seguintes”, afirmou Achegar Tiodósio e prosseguiu:
“Caso a nova gestão escolha manter as mesmas abordagens que conduziram a nação a essa crise, é provável que não haja mudanças significativas. Entretanto, se houver um real compromisso com o progresso, a transparência e o bem-estar da sociedade, Moçambique pode ainda descobrir uma rota para um futuro mais próspero e equilibrado. O tempo revelará se este governo será lembrado como aquele que salvou Moçambique da crise ou como mais um que perdeu a chance de transformar o país”.
O docente universitário Achegar Tiodósio, afirma que será somente por meio de reformas estruturais que assegurem a transparência, melhorem a gestão económica e promovam um combate eficaz à corrupção, que os moçambicanos poderão se sentir convencidos e interromper as manifestações que ocorrem no país desde Outubro.
Achegar Tiodósio Matias, Docente da Escola Superior de Economia e Gestão (ESEG) observa que as manifestações ocorridas no país desde Outubro não são somente um protesto contra a corrupção nas eleições, mas também reflectem uma crise mais ampla que afecta o custo de vida. Ele afirma que a solução para essa situação passa pela promoção da transparência no governo e pela diminuição das desigualdades sociais.
“Moçambique enfrenta um dilema: ou o governo escuta os anseios da população e implementa iniciativas para melhorar as condições de vida, ou as manifestações podem se tornar cada vez mais frequentes e intensas. É essencial diversificar a economia e reduzir a dependência dos recursos naturais. Precisamos investir de forma mais significativa na agricultura, na indústria e no apoio ao empreendedorismo local. A falta de punição para figuras públicas envolvidas em actos de corrupção deteriora a confiança da sociedade nas instituições. Portanto, é crucial fortalecer o sistema judiciário e assegurar que os envolvidos em corrupção sejam responsabilizados”, declarou Achegar Tiodósio.
Além de reformas estruturais na economia e um combate sério à corrupção, o analista propõe que a valorização do sistema de ensino e a capacitação profissional, assim como a criação de plataformas de diálogo entre o governo e a sociedade civil, sejam consideradas prioridades para uma sociedade que busca o desenvolvimento.
“Desconsiderar ou suprimir expressões de descontentamento não resolve a questão. É essencial que o governo estabeleça meios para dialogar e escutar as inquietações da população, oferecendo respostas adequadas. A nova geração demanda oportunidades para se desenvolver. Um sistema educacional que atenda às exigências do mundo profissional pode ajudar a diminuir o índice de desemprego e trazer expectativas para os jovens”. Vânia Jacinto
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