SNJ denuncia ausência de conteúdo em alguns meios de comunicação social por incumprimento de agenda de certos partidos

O Secretariado Executivo do Sindicato Nacional de Jornalistas, denuncia ausência de conteúdo em alguns meios de comunicação social, durante a primeira semana da campanha eleitoral, devido ao incumprimento das acções de campanha eleitoral, antecipadamente divulgadas por parte de determinadas formações políticas.

Segundo um comunicado, emitido, nesta sexta-feira (30.08.2024), o SNJ diz que “no geral, o SNJ constatou que a relação entre os partidos políticos e candidatos e os jornalistas é salutar, embora se observem situações de falta de partilha de programas de actividades e incumprimento das acções de campanha eleitoral, antecipadamente divulgadas por parte de determinadas formações políticas, resultando, em certos casos, na ausência dos seus conteúdos nos espaços de difusão previamente preparados”.

No Comunicado, o Secretariado Executivo do Sindicato Nacional de Jornalistas, apela aos partidos políticos e grupos de cidadãos concorrentes, mais uma vez, a disponibilizarem as suas agendas de campanha em tempo útil, deforma a facilitarem a programação atempada do trabalho dos jornalistas.

Durante a primeira semana da camapnha eleitoral, o Secretariado Executivo do SNJ tomou conhecimento de violencia, envolvendo jornalistas, sendo no distrito de Angoche, província de Nampula, onde dois membros da Rádio Comunitária Parapato, em circunstâncias distintas, sofreram ameaças verbais e viram algum do seu material de trabalho ilegalmente recolhido, alegadamente, por elementos ligados ao Conselho Municipal local, nos primeiros dois dias da campanha. Um dos comunicadores, foi inclusivamente levado ao Comando da Polícia, de onde viria a sair algumas horas depois.

O comunicado também faz referência do envolvimento activo, de chefias de instituições públicas, da comunicação social e de alguns jornalistas de rádios comunitárias, na província de Manica, em acções de campanha de um dos partidos e candidatos concorrentes, sem que tenham previamente solicitado dispensa, das suas actividades profissionais.

Nalguns casos, segundo o comunicado do SNJ, verificou-se inclusivamente o uso pelos mesmos de meios públicos colocados à disposição das suas entidades.

“De igual forma, o SNJ constatou que a exiguidade de recursos – financeiros, materiais e humanos – por parte da maioria dos órgãos de comunicação social, para uma cobertura mais abrangente, isenta e responsável da campanha ora em curso no país, está a dificultar a presença dos seus profissionais em todos os distritos, como seria de desejar.

Na tentativa de garantirem uma cobertura mais ampla das acções de campanha, em diferentes zonas do país, alguns jornalistas, estão a movimentar-se à boleia de partidos políticos e candidatos, como se constatou em algumas províncias durante a semana finda”, refere o comunicado do SNJ. Redacção