Presidente Chapo apela a alianças empresariais para transformar irmandade com a Zâmbia em prosperidade

O Presidente da República, Daniel Francisco Chapo, defendeu esta quinta-feira (24), em Lusaka, que a amizade histórica entre Moçambique e a Zâmbia deve traduzir-se em resultados económicos concretos, com mais investimentos, negócios e empregos. Falando numa mesa-redonda com empresários dos dois países, afirmou que o desafio actual é “transformar essa amizade histórica em prosperidade concreta, que se traduza em empresas sustentáveis para os nossos povos”.

O Chefe do Estado enquadrou esta nova etapa na dinâmica da Zona de Comércio Livre Continental Africana, defendendo que Moçambique e a Zâmbia, pela geografia e história partilhada, devem assumir um papel de liderança. Sublinhou que as relações bilaterais, forjadas na luta de libertação e consolidadas com a paz, entram agora numa fase de cooperação económica com impacto directo no desenvolvimento.

Chapo destacou o papel estratégico de Moçambique na competitividade regional, oferecendo à Zâmbia acesso ao mar através dos corredores da Beira e Nacala, além de energia eléctrica fiável e competitiva. Por outro lado, elogiou a experiência agrícola e industrial zambiana, sobretudo no sector mineiro, considerando-a fundamental para reforçar a cooperação bidireccional.

Na sua intervenção, apontou cinco áreas prioritárias para investimentos: agricultura, industrialização, energia, turismo e recursos minerais. Reafirmou ainda a ambição de “industrializar Moçambique” através do Programa Nacional Industrializar Moçambique (PRONAI) e destacou que o país reúne condições para se tornar “o grande hub energético da África Austral”, com projectos como Cahora Bassa II e Mphanda Nkuwa.

O Presidente anunciou ainda reformas para atrair negócios, incluindo a nova Lei de Investimentos Privados, isenção de vistos para cidadãos da SADC e eliminação de licenças em mais de 80 actividades económicas. Num apelo directo, exortou os empresários zambianos a investirem em Moçambique e os moçambicanos a apostarem na Zâmbia: “somos todos irmãos e precisamos de transformar essa irmandade em prosperidade partilhada”. Redacção