PR diz que saída da lista cinzenta vai resgatar confiança internacional e abrir caminho para independência económica

O Presidente da República, Daniel Francisco Chapo, afirmou que a retirada oficial de Moçambique, nesta sexta-feira (24), da lista cinzenta do Grupo de Acção Financeira Internacional (GAFI) representa a recuperação da confiança internacional e um passo decisivo para a independência económica que o país se propôs alcançar desde o início do actual mandato, a 15 de Janeiro passado.

Na sua comunicação à Nação, também partilhada nas redes sociais, Chapo classificou a decisão como “um marco histórico” que devolve credibilidade a Moçambique junto das instituições financeiras e dos investidores estrangeiros. “Esta saída vai resgatar a confiança dos mercados internacionais e recolocar o país na rota do desenvolvimento”, afirmou.

O Chefe de Estado destacou que o resultado é fruto de três anos de trabalho intenso, envolvendo Governo, instituições públicas, sector privado e sociedade civil. “Trabalhámos de segunda a segunda, com visitas e avaliações constantes. Esta é uma vitória colectiva do povo moçambicano”, disse.

Chapo lembrou que, desde a sua posse em Janeiro de 2025, assumiu como prioridade lançar as bases para a independência económica. “Não seria possível avançar sem esta decisão. Agora temos condições para mobilizar investimentos, gerar empregos e criar melhores condições de vida”, sublinhou.

Segundo o Presidente, a saída da lista cinzenta também fortalece o sistema financeiro nacional, que passa a ter maior credibilidade nas transacções internacionais, incluindo no combate ao branqueamento de capitais e ao financiamento do terrorismo. Para Chapo, este reconhecimento internacional demonstra que o país está comprometido com as melhores práticas globais.

Além disso, o Chefe de Estado garantiu que Moçambique vai continuar a implementar reformas institucionais para assegurar que não haja retrocessos. “O desafio agora é manter os padrões alcançados e consolidar esta conquista, para que a nossa economia esteja cada vez mais sólida e sustentável”, concluiu.

Recorde-se que Moçambique entrou na lista cinzenta do Grupo de Acção Financeira Internacional (GAFI) em 2022 devido a fragilidades no combate ao branqueamento de capitais e ao financiamento do terrorismo. O país sai agora depois de cumprir com as 26 propostas do organismo, embora tenham ficado algumas recomendações que poderão integrar a estratégia pós-lista cinzenta a ser aprovada pelo Governo. Redacção