APSUM alerta para riscos políticos durante as eleições em Moçambique

Após a Associação dos profissionais da Saúde Unidos e Solidários de Moçambique, APSUM, ter divulgado uma suspensão de até um mês da greve que estava em vigor desde o início do mês corrente para continuar as negociações com o Ministério da Saúde, o Presidente da agremiação, Anselmo Muchave, alertou para o risco de possíveis tensões políticas durante as eleições de 9 de Outubro se os acordos não forem cumpridos.

Anselmo Muchave sugere que o governo de Moçambique adapte por isso uma abordagem inteligente e invista na saúde da população. Ele enfatizou a importância da seriedade do governo ao cumprir com o acordado, especialmente diante das eleições em breve. Muchave também destacou a possibilidade de uma greve geral afectar negativamente o governo, ressaltando a importância da união da população nesse momento.

O Presidente da APSUM, requer que o governo honre os compromissos de aprimorar as péssimas condições de trabalho da sua classe.

De acordo com Anselmo Muchave, a proposta de trégua é permitir que o Governo tenha tempo e oportunidade de resolver as demandas apresentadas, e não apenas isso: “Decidimos interromper a greve nos diferentes centros de saúde devido aos acontecimentos recentes. Sentimos empatia pela população e nos entristeceu bastante. Muitas pessoas enfrentaram dificuldades durante este período”, finalizou Muchave.

Segundo a fonte, caso as conversas com o Governo não tenham os resultados desejados e todas as reivindicações feitas no documento entregue não sejam atendidas, os profissionais de saúde poderão decidir retomar a greve, visto que a situação nos hospitais só piora.

“Esperamos por trinta dias, se o governo não responder às nossas preocupações, vamos retomar a greve. O governo está ciente claramente do que conseguimos fazer, pois agora temos alguma margem para o governo cumprir o necessário para melhorar nossos hospitais”.

O Presidente da APSUM assegurou os seus associados e seus aliados persistirá em seus propósitos de defender seus direitos e, principalmente, em prol daqueles que necessitam de cuidados médicos.

É relevante mencionar que houve o registo de mais de mil pacientes nos primeiros 21 dias de paralisação. Vânia Jacinto