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ELEIÇÕES GERAIS 2024

Violência pós-eleitoral pode levar ao adiamento dos exames escolares de 2024

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A Associação Nacional dos Professores (ANAPRO), na província de Nampula, receia que os exames finais do ensino primário e secundário deste ano, tenham lugar em 2025, devido às manifestações em curso, daí que defende um diálogo verdadeiro para colocar fim ao conflito pós-eleitoral.

O secretário provincial da ANAPRO em Nampula, Arnaut Ângelo Naharipo, em entrevista ao Rigor, disse que enquanto o país continuar no meio de conflitos pós-eleições, quase todos os esforços do sector da educação serão reduzidos a nada.

Naharipo observou que o ano 2024, prestes a terminar, foi um ano fragmentado para área de Educação, devido ao processo eleitoral, onde os fazedores da educação maioritariamente estiveram envolvidos no processo eleitoral, desde o recenseamento, educação cívica, campanha eleitoral bem como a votação, colocando em causa o ensino e aprendizagem.

“O ano 2024, nós como ANAPRO, achamos que foi um ano muito falhado para área de educação em Moçambique, devido ao processo eleitoral, isto porque, acompanhamos um envolvimento dos fazedores da educação, os gestores, professores, entre outros e neste processo, muitos alunos foi notório o seu abandono nas salas de aulas, fizemos um rastreio a nível Nacional, onde constatamos este défice”, disse.

Disse Naharipo afirmou que no calendário escolar, as últimas provas e igualmente exames finais estão previstos para o mês em curso, porém, receia que os alunos realizem as provas finais no meio das manifestações, o que poderá colocar em causa o seu aproveitamento.

“Na próxima semana, iniciam as provas finais e essas provas culminarão com o período das manifestações eleitoral em curso, e temos acompanhado encerramento de algumas escolas neste período, principalmente nas capitais provinciais de todo o país, então, nós como ANAPRO que lutamos pela melhoria da qualidade no processo de ensino e aprendizagem, sentimos que os alunos não estão preparados para enfrentar a realização das provas finais”, afirmou para depois explicar que tais dificuldades que os alunos poderão enfrentar resultam de falta de preparação.

“Primeiro porque, ficaram 45 dias, à sua própria sorte, posteriormente esta situação de manifestação eleitoral, que mais uma vez, irá comprometer a realização das provas provinciais, assim como os exames previstos, para o dia 2 de Dezembro. Achamos que, enquanto não haver saída muito rápida, quando a resolução dos conflitos políticos, algumas escolas ou mesmo algumas províncias, ou distritos, irão realizar os exames no ano 2025, daí apelamos que haja paz para o bem-estar do nosso Moçambique, sobretudo na área de educação que já se encontra fragmentada há bastante tempo”, referiu Naharipo.

Ao terminar, a fonte manifestou a preocupação da sua agremiação da falta de pagamento das horas extras, e ameaçou congelar os resultados, caso o governo ignorasse a resolução do problema.

“Caso a dívida não seja resolvida, não vamos anunciar nenhum resultado, primeiro devem pagar a dívida das horas extras”, avisou Arnaut Inácio Naharipo, secretário provincial da ANAPRO em Nampula. Elina Eciate

 

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