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Pacificação de moçambique passa pela verdade eleitoral, afirma Dom Inácio Saúre

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O Arcebispo da Arquidiocese de Nampula e líder da Conferência Episcopal de Moçambique (CEM), Dom Inácio Saúre, declarou que a recuperação da paz em Moçambique depende exclusivamente da restituição da verdade acerca dos resultados das últimas eleições no país, que para muitos estão manchadas por fraudes.

O Arcebispo de Nampula afirma que não se pode garantir que a paz esteja prestes a ser alcançada no país, uma vez que ainda se espera pelos resultados do Conselho Constitucional. Esses resultados serão determinantes para a paz no país, pois, segundo ele, a única maneira de libertar Moçambique é por meio da verdade.

Dom Inácio Saúre alerta que “Sem verdade nas eleições, a paz será apenas um sonho em Moçambique. Os Moçambicanos devem se reconciliar, na verdade, na sinceridade, dizendo aquelas coisas que aconteceram, como aconteceram, nada de procurar defender os seus interesses para fazer passar mensagens que não são verdadeiras. Por isso não se pode dizer que a paz está para breve em Moçambique, porque isto dependerá da conversão dos corações de homens e mulheres”, disse Dom Inácio Saúre, acrescentando:

“Porque Deus quer a paz e são os homens que na sua condição de pecadores, na arrogância e muita das vezes mesmo indo contra a vontade de Deus instauram o terror e a falta de paz”.

Diante da actual situação de instabilidade no país, resultante das manifestações que, até o momento, resultaram na morte de mais de 100 pessoas, a Conferência Episcopal de Moçambique, em um comunicado à imprensa, convocou uma oração geral de oito dias, independentemente da fé de cada um, com o intuito de unir as forças espirituais em busca da paz em Moçambique.

A corrente de oração da Igreja Católica ocorre desde o último Domingo até o meio-dia do dia 23 de Dezembro, data em que está programada a validação dos resultados das eleições de 9 de Outubro.

“A iniciativa de orar pela paz, proposta para a Conferência Episcopal, resulta da preocupação de nós como igreja, como pastores e como parte deste povo de Moçambique. Pela situação política que deteriorou nos últimos dias, na sequência dos protestos pós-eleitorais e se num primeiro momento as manifestações foram concedidas como pacífica, depois tornaram-se em momentos de muita violência e alguns casos de ocorrência de crimes, ou seja, assassinatos, desconfianças, preocupações e tudo mais. Então vemos um Moçambique ameaçado”.

Dom Inácio Saúre destaca a relevância de que todos os cidadãos de Moçambique orem pela paz do seu país, ao confiar na força da oração colectiva.

“Apelamos que rezemos pela paz, confiando na força da paz, confiando na força da fé, para que de facto, não se continue o derramamento de sangue em Moçambique, para que se termine com este desentendimento é por meio de um diálogo sincero, todos os moçambicanos se entendam e seja reposta a paz em Moçambique”. Redacção

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