ECONOMIA
Mecubúri enfrenta alta nos produtos de primeira necessidade, enquanto protestos deixam rastro de destruição
O distrito de Mecubúri, na província de Nampula, está a registar uma subida de preços de produtos de primeira necessidade, como consequência de protestos violentos que resultaram em danos e saques de propriedades públicas e privadas.
Actualmente, uma barra de sabão, que antes custava 40 meticais, agora é vendida a 120 meticais, representando uma elevação de três vezes. Da mesma forma, devido à falta de produto, o preço do saco de arroz, que era adquirido por 1.700 Meticais antes das manifestações, saltou para 2.700 meticais.
Segundo o administrador de Mecubúri, Orlando Muaevano, a escalada nos preços se deve à escassez de mercadorias no mercado local e ao receio dos comerciantes em reabastecer os seus estoques, mesmo que possuam recursos financeiros para tal.
Como resultado, a população é a mais afectada por essa situação. Muaevano pediu que os cidadãos reflictam sobre a necessidade de preservar e construir o que o distrito possui, em vez de causar destruição.
“O nosso apelo é que cada um volte, e junte-se ao governo para continuar a reconstruir aqueles bens que foram infelizmente destruídos e queimados, porque estes são bens públicos, qualquer um que pode governar, independentemente do partido, vai usar os mesmos. Apelamos também a nossa população, para que se há um problema, nos reconciliamos, sempre temos que buscar a paz como a condição primária, para podermos desenvolver este nosso distrito, porque enquanto não vivermos em paz a vida não vai bem” apelou Muaevano.
Conforme relatou o administrador, no início das manifestações na região, a percepção da população era de que se tratava apenas de uma questão política, uma vez que envolvia o partido FRELIMO. Contudo, com o passar do tempo, ficou evidente que se tratam de manifestações violentas, tendo destruído inclusivamente várias infraestruturas tanto públicas, como privadas, com destaque para a Secretaria, do Posto Administrativo Sede e das localidades de Nahipa, Popue, Ratane e Muite.
“Os manifestantes foram destruindo estas infraestruturas e as respectivas residências, dos chefes dos postos e localidades. Foi um episódio muito triste, ver os manifestantes a destruírem e queimarem barracas dos outros irmãos que vendiam ali para ganhar o pão, partindo vidros e janelas das lojas, isto no mercado de Mucurua e Mercado Central, e os estrangeiros tiveram prejuízos incalculáveis neste momento”, contou.
O Administrador de Mecubúri solicitou aos manifestantes para cessarem os protestos e voltem às suas actividades. Segundo o administrador, essa solicitação é feita devido à chegada da época de chuvas, condição essencial para a agricultura, a qual é a principal actividade do distrito. Celso Alfredo
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