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Marchal Manufredo: “Predisposição de integrar governo de Chapo é sinal de imaturidade política”

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O analista político Marchal Manufredo Chilimile afirma que a intenção do ex-candidato à presidência Venâncio Mondlane de integrar o governo de Daniel Chapo reflecte uma falta de maturidade política.
Chilimile afirma não compreender por que uma pessoa faz declarações em público sobre a intenção de estabelecer um governo paralelo, que implica em ser um governo nas sombras, e no dia seguinte se oferece para ser ministro do governo que sempre criticou.
Para o analista, isso não segue uma lógica, pois se a posição de Venâncio Mondlane é essa, as manifestações foram bastante inadequadas, e ele não deveria ter convidado ninguém para se manifestar.
“Eu, em particular, fui o conselheiro dele durante todo esse projecto político, mas com o tempo percebi que ele ainda é inexperiente na política. Essa inexperiência indica que ele ainda não atingiu o necessário amadurecimento, e actualmente estou tendo dificuldades para entender a sua perspectiva política. Para ilustrar, se Venâncio se junta a um governo que foi mal estruturado e onde forças negativas estão corroendo a administração, isso sugere que ele poderá se tornar um político extremamente péssimo, considerando que os meus compatriotas que o apoiavam fizeram sacrifícios em vão”, comentou o analista.
Marchal afirma que Venâncio Mondlane pode ser visto como traidor pela população, da mesma forma que ele se referiu ao presidente do Podemos, Albino Forquilha, como traidor.
“Ele precisa informar quanto recebeu , se foram 100 milhões de meticais ou 200 milhões, como foi o caso do Forquilha, pois se ele concorda em ser um dos ministros deste governo, tem o direito de compensar as vítimas que faleceram por sua oposição a este regime, segundo as suas orientações”.
“Venâncio possui um benefício especial, podendo manter uma comunicação directa com o Presidente da República, por ser membro do Conselho do Estado. O que ele deveria considerar neste momento é solicitar ao Presidente um veículo oficial, estabelecer-se em uma residência e voltar a sua rotina normalmente, dedicando-se à formação de seu partido para participar das próximas eleições.”
Para Marchal a melhor opção de Venâncio como político seria distanciar-se do actual governo, por entender que se se unir a uma administração que enfrenta tantas dificuldades internas, isso reflectirá negativamente sobre sua imagem, pois a responsabilidade pelos problemas do governo será compartilhada.
Entretanto, Marchal sugere que a atitude de Venâncio pode ter sido influenciada pelo seu anseio por estabilidade e sua aspiração de conquistar um cargo ministerial, talvez impulsionada por medos pessoais.
“No entanto, considero que seria mais adequado ele iniciar a construção de seu próprio partido e trabalhar nas províncias e ao nível nacional, visando uma candidatura nas próximas eleições presidenciais em três anos”.
Lembre-se de que a disposição para fazer parte do governo foi mencionada em uma entrevista à BBC, onde explicou que era essencial dedicar todos os seus esforços para superar a crise política que permeia o país. Celso Alfredo

 

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