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SOCIEDADE

Liderança robusta no Ministério de Educação e Cultura é a chave para resgatar a qualidade da educação, aponta consultor Manuel Rego

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O consultor da área de educação, Manuel Rego, defende que a nova gestão do Ministério de Educação e Cultura deve criar uma liderança política e técnica robusta para enfrentar a situação actual do sector que se apresenta uma situação lastimável, principalmente no que diz respeito à área de infra-estrutura.
Manuel Rego diz que o Ministério teve um grande retrocesso nos últimos anos, por isso, é necessário que a nova liderança acelere o passo.
“Na minha opinião, houve uma carência significativa de liderança nos mandatos passados, e isso é crucial para traçar um caminho, estabelecer prioridades e manter a direcção correcta. É fundamental contar com uma liderança política e técnica que priorize os interesses do sector, dos alunos, dos educadores e da sociedade em geral. Essa liderança deve estar bem enraizada na realidade, compreendendo a dinâmica do sector e sabendo identificar o que é viável, quais capacidades podem ser desenvolvidas rapidamente e o que realmente é inviável, evitando confundir sonhos com possibilidades concretas”.
Rego falava durante um Webinar intitulado “as prioridades da educação e os desafios do financiamento do sector nos próximos cinco anos (2025-2029)”, promovido pela Organização CESC.
O consultor na área da Educação, comentou que, ao analisar a situação actual do sector educacional em Moçambique, não encontra por exemplo recursos financeiros suficientes para melhorar as condições das instalações escolares, o que impediria que crianças continuem a frequentar as aulas sentadas no chão ou ao ar livre.
De acordo com Manuel Rego, observa-se que, no orçamento do ensino primário, apenas cinco por cento é alocado para investimentos em infra-estrutura, enquanto a maior parte, ou seja, 95 por cento, é voltada para a remuneração de salários.
“Portanto, sob a perspectiva financeira, não vejo boas notícias e não acredito que as condições possam ser alteradas de maneira substancial nos próximos anos. Para os próximos dois ou três anos, talvez seja só após a chegada das receitas do gás que possamos vislumbrar alguma mudança. Isso implica que, na minha visão, as soluções para manter a qualidade do ensino e potencialmente melhorar a capacidade de aprendizagem dos alunos estão essencialmente ligadas à melhoria na gestão educacional”.
De acordo com as projeções do Ministério da Educação, espera-se que o ensino primário de 7,2 milhões de alunos em 2024 aumente para 7,5 milhões em 2025. No primeiro ciclo do ensino secundário, o número de alunos deve crescer de 1,8 milhões em 2024 para 2,1 milhões em 2025, enquanto no segundo ciclo do ensino secundário a previsão é de um aumento de cerca de 417 mil alunos em 2024 para 485 mil em 2025, resultando em um crescimento de 4,2%, 23% e 16,2%, respectivamente.
No âmbito educacional, espera-se um significativo crescimento no número de instituições. O total de escolas de ensino básico deverá aumentar de 13.600 em 2024 para 13.900 em 2025. Para o ensino secundário de primeiro grau , a previsão é que o número de escolas suba de mais de 2.500 em 2024 para 2.800 em 2025. Já para as escolas básicas, o total deve passar de 1.868 em 2024 para aproximadamente 2.100 em 2025. No que diz respeito ao segundo ciclo do ensino secundário, o total de instituições deve aumentar de 550 em 2024 para 582 em 2025.
“Se considerarmos as condições extremamente desfavoráveis das nossas instituições de ensino e a maneira agressiva pela qual o ensino básico foi implementado, é possível reconhecer que aproximadamente duas mil escolas que surgiram da educação primária não dispõem de infraestrutura adequada para o aprendizado”.
Entendedor do sector educacional, Rego afirma que a clareza é essencial, pois somente através dela é possível alcançar melhores resultados.
“Trata-se de garantir clareza no Ministério, de promover a abertura nas instituições de ensino e de manter a honestidade nas tratativas com os parceiros. A sinceridade é fundamental em todos os níveis, para que as pessoas sintam confiança e tenham a certeza de que estamos todos empenhados em um único objetivo”. Redacção

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