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SOCIEDADE

KÓXUKHURU acusa PRM de transformar o seu comando em nampula em cativeiro de apoiantes de VM7

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A KÓXUKHURU, uma organização dedicada à protecção dos direitos humanos, denunciou que o Comando Provincial da Polícia da República de Moçambique em Nampula se tornou um verdadeiro local de aprisionamento para os apoiadores de Venâncio Mondlane, que estão sendo sequestrados e assassinados pela polícia na cidade.
Segundo o director executivo da KÓXUKHURU, Gamito dos Santos, a organização tem recebido solicitações constantes para oferecer suporte em vários casos de sequestros, prisões e até homicídios que ocorrem não apenas na cidade de Nampula, mas também nos distritos de Mecubúri, Namapa-Eráti, Liupo e Lalaua.
Conforme Gamito dos Santos, a actuação indevida da Polícia é apoiada pela Procuradoria Geral da República, que, mesmo diante das denúncias, não toma as providências necessárias para a investigação adequada.
“Conforme é de seu conhecimento, a entrada nesse lugar [Comando da PRM em Nampula] é limitada, pois, segundo a legislação, o Comando não dispõe de celas para aprisionar indivíduos que infrinjam a lei”.
O director-executivo da organização, Gamito dos Santos, afirmou que a situação atinge cidadãos em quase todos os distritos, os quais apoiam Venâncio Mondlane, que foi candidato à presidência nas eleições de 9 de Outubro. Essa situação é impulsionada pela Polícia da República de Moçambique, especialmente por meio da Unidade de Intervenção Rápida (UIR) e do Grupo de Operações Especiais (GOE).
Actualmente, segundo ele, a atenção se volta para o caso do jornalista e defensor dos direitos humanos Arlindo Chissale, que foi supostamente sequestrado no dia 7 de Janeiro, enquanto se dirigia a Nacala-Porto, onde exerce a sua profissão e reside com a sua família.
Segundo Gamito dos Santos, Chissale estava sob perseguição do regime desde as eleições autárquicas. Ele foi preso duas vezes: inicialmente em Balama, Cabo Delgado, onde foi acusado de financiar actividades terroristas nessa região do país, e depois em prisão domiciliar, sob a acusação de incitar a instabilidade em relação às manifestações sobre a suposta fraude eleitoral nas eleições autárquicas.
Apesar da falta de informações precisas sobre sua localização até o momento, Gamito dos Santos afirmou que Arlindo Chissale é mais uma vítima do regime. “Se a Polícia realmente deseja se distanciar dessa situação, convido a PRM a apresentar provas que contestem minhas declarações”.
“Em Mecubúri, Namapa-Eráti, Liupo e Lalaua, recebemos várias solicitações de ajuda, pois pessoas estão desaparecendo de maneira inexplicável e, até o momento, não foram localizadas”, revelou Gamito dos Santos. Ele acrescentou que, em Nampula Cidade, sua organização teve que lidar com diversos incidentes, ressaltando o caso de Vaquina, um empresário que trabalha no Mercado Central de Nampula e que teria sido sequestrado. Graças à acção da sua equipe, ele conseguiu ser liberto.
“Recentemente, aconteceu o sequestro de Costa Rajabo no dia em que o presidente Chapo assumiu o cargo. Ele foi liberto apenas 24 horas após emitirmos um alerta em vídeo. É importante ressaltar que ele passou cerca de 6 dias sob a custódia das autoridades, mas nunca aceitou estar sob sua custódia”, afirmou a fonte. Ele comentou que a organização está conduzindo uma investigação para esclarecer os detalhes de vários incidentes registados nos distritos. O objectivo é assegurar a responsabilização da polícia por suas acções inadequadas e os homicídios que estão cometendo.
“Actuamos na busca de evidências relacionadas aos assassinatos, mesmo que essa tarefa seja desafiadora, pois os perpetradores têm demonstrado ser hábeis em crimes de natureza semelhante. Muitas vezes, os corpos são jogados nas valas comuns para dificultar a sua descoberta. No entanto, existem casos com informações suficientes que, se houver interesse do Judiciário ou da PGR, acreditamos que será possível identificar os responsáveis”. Raufa Faizal

 

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