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ECONOMIA

Empresários de Nampula demandam apoio governamental na recuperação após manifestações e ciclones

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Os empresários da Província de Nampula expressam a sua insatisfação com a falta de apoio do governo na recuperação após as manifestações pós-eleitorais e os impactos de dois ciclones, Chido e DIKELEDI, que trouxeram consequências severas e negativas para o sector empresarial na região.
As questões foram trazidas à tona pelos empresários durante um encontro realizado no último fim-de-semana na cidade de Nampula. O evento teve como objectivo abordar as dificuldades que a classe empresarial da província enfrenta após as manifestações e os dois ciclones que afectaram a província mais populosa do país.
“Durante os três meses de actos de vandalismo que enfrentamos, muitos de nós fomos afectados e estamos a procura de soluções rápidas para retomar as nossas actividades. Seria desejável que o governo demonstrasse mais empatia em relação aos empresários. Estamos cumprindo com nossas obrigações fiscais e pagando impostos, o que se torna um desafio em um momento como este. As taxas são elevadas, pois nossa produção não é mais a mesma de antes”, disse Sajida Abdul Sacur, representante da Infinity Flauvor.
“Não é necessário elaborar uma lista, pois todos já estão cientes da situação. Sofremos com a passagem de dois ciclones e diversas vandalizações, o que impactou negativamente a produção empresarial. Desejamos que o governo compreenda nosso sofrimento, que é também o sofrimento do povo moçambicano, pois todos estamos enfrentando as mesmas dificuldades. É fundamental que busquemos juntos, soluções que garantam a sobrevivência do sector empresarial, permitindo que ele continue contribuindo para a sociedade”, disse António Guimarães, proprietário da empresa Ruby.
O Conselho Empresarial de Nampula (CEP) aponta que, em vez de obter auxílio, os empresários estão recebendo diversas notificações de multas por não pagarem seus impostos durante o período das manifestações, quando tiveram os seus estabelecimentos fechados e sofreram saques, resultando na paralisação de algumas actividades comerciais.

Os empresários solicitam acções de apoio do Governo, que incluem não apenas a concessão de perdão dos impostos, mas também a simplificação do acesso a financiamentos bancários, duas iniciativas que poderiam acelerar a recuperação das empresas.

“É fundamental que o governo implemente algumas acções para fornecer suporte aos empresários. Actualmente, há discussões sobre a possibilidade de o governo, em colaboração com as instituições financeiras, disponibilizar um crédito facilitado para as empresas que foram alvo de vandalismo, além daquelas que enfrentaram os danos causados por ciclones. Recentemente, dois ciclones afectaram a província de Nampula, impactando significativamente essas empresas. Os empresários expressaram de forma unânime o desejo de que o governo desenvolva iniciativas que possam impulsionar o sector empresarial, que actualmente se encontra em dificuldades devido a esses eventos”.

Com o intuito de convencer o governo quanto à perseguição enfrentada pelos empresários que foram alvo de saques e severos actos de vandalismo em relação ao cumprimento de suas obrigações tributárias, o Conselho Empresarial da província iniciará em breve um levantamento detalhado dos danos ocasionados, tanto pelas manifestações quanto pelos dois ciclones que atingiram a província de Nampula, nos últimos meses de 2024.

“Actualmente, várias empresas enfrentam cobranças de multas, conforme relatos dos empresários, devido ao vandalismo que as levou a fechar as suas portas. Mesmo diante dessa situação, a Autoridade Tributária continua realizando cobranças”, disse Luis Vasconcelos Vice-Presidente do Conselho Empresarial de Nampula, enfatizando a importância de documentar esses prejuízos em uma carta a ser submetida ao governo para análise.
“Não estou afirmando que o documento produzido aqui será prontamente respondido pelo governo provincial de Nampula; estamos dizendo que levaremos nossas preocupações a quem de facto deve ouvi-las”. Vânia Jacinto

 

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