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Conselho Cristão de Moçambique clama por paz após ondas de violência
O Conselho Cristão de Moçambique expressa a sua tristeza pela perda de vidas humanas resultante dos protestos violentos que têm tido lugar em Moçambique nos últimos dias, a partir de 21 de Outubro, organizados pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane, apoiado pelo PODEMOS. O Conselho Cristão de Moçambique faz um apelo para que os cidadãos moçambicanos ponham fim à violência.
Desde o início das manifestações, a polícia de Moçambique tem sido destaque devido ao uso da força e da violência, que, segundo Venâncio Mondlane, resultou em pelo menos 50 mortes. Ele fez essa declaração em uma comunicação realizada nesta Terça-feira(19.11.2024), que anunciou três dias de luto nacional, iniciando ontem, Quarta-feira, dia 20 de Novembro de 2024. Entretanto, ainda ontem, o Presidente da República, Filipe Nyusi, se dirigiu à nação, informando que o governo confirmou a morte de 19 pessoas, incluindo cinco membros da Polícia da República de Moçambique.
O Presidente do Conselho Cristão de Moçambique em Nampula, Gervásio Raimundo, afirmou que a vida é um presente divino ao qual todos têm o direito de desfrutar. Contudo, é lamentável ver vidas sendo ceifadas de maneira tão cruel, como o que os moçambicanos têm testemunhado nos últimos dias.
Gervásio Raimundo afirma que, considerando que a igreja representa uma extensão de Deus na Terra, o Conselho Cristão de Moçambique possui um dever ético de apoiar e confortar as famílias afectadas pelos protestos.
“Uma perda é uma perda, quando se perde alguma coisa muito precioso como um parente é algo que fica marcado para toda vida, numa situação destas, que normalmente é muito difícil ter de volta a pessoa. Nós nos solidarizamos com as famílias, nós estamos com eles e não temos outra palavra, se não pedir, que perdoem e que continuem lutando para não haver violência. É muito difícil perder alguém, muito mais nas circunstâncias como essas que estão acontecendo, mas não temos outra forma a não ser dizer que estamos juntos. Estamos juntos com essas famílias, vamos orar e pensar nelas”sublinhou o homem de Deus.
O Presidente do Conselho Cristão de Moçambique faz um apelo à realização de manifestações pacíficas, em vez de actos violentos. Ele ressalta que a legislação autoriza essa forma de protesto, ao contrário das ocorrências que têm sido observadas em diversas partes do país, as quais acabam por prejudicar a sociedade moçambicana.
“Nós queremos pedir às pessoas que estão a fazer as manifestações violentas para que parem com essas violências, porque essa violência não é de paz, nós não estamos a favor disso. Recomendamos para que essas pessoas sejam do bem, ponham a mão na consciência e que parem definitivamente com a violência. Nós podemos manifestar muito bem, levando os cartazes, os nossos dísticos reclamando aquilo que achamos que não gostamos, mas sem nunca usar a violência, por isso nós não somos a favor da violência, recomendamos e apelamos a todos para que se faça a manifestação, sim, mas que seja pacífica.”
Entretanto, segundo a nossa fonte, a igreja desempenha um papel importante na promoção da paz em Moçambique, desde o período da guerra civil. O Presidente do Conselho Cristão de Moçambique, que também é pastor, afirma que sua organização tem intensificado as orações durante os encontros religiosos como uma maneira de buscar a resolução dos conflitos no país.
“A paz é um bem precioso que Deus nos deu, para termos uma boa comunhão e comunicação com todos, e sendo a igreja associada ao conselho cristão de Moçambique, ela tem dito encontros que tratam assuntos de paz e quando se fala de paz, nós procuramos ter a unidade, porque não é possível estar unido, sem que não tenha a paz. Temos ditos encontros com outras denominações para conversarmos sobre paz. Anualmente temos encontro com a igreja católica, onde oramos juntos, também com outras denominações, mesmo com as que não estão dentro do conselho cristão. A Igreja católica tem uma comissão arquidiocesana que trata assuntos de união e da paz, nós somos pela paz e não pela guerra. Nós apregoamos com o evangelho da paz, porque o nosso Deus é de paz”. Vânia Jacinto
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