SOCIEDADE
Confronto entre Polícia e a população de Nacololo afinal não estava associado às manifestações, mas ao abuso sexual de uma menor pelo comandante da polícia local

Afinal, o confronto ocorrido entre os moradores do Posto Administrativo de Nacololo, em Monapo e a polícia moçambicana, que resultou na morte de duas pessoas, não estava relacionado às manifestações organizadas por Venâncio Mondlane.
Uma investigação do Rigor revelou que o incidente iniciou, quando o Comandante da Polícia da República de Moçambique, no Posto de Nacololo, atirou mortalmente no sobrinho do secretário local. Essa acção foi motivada por uma vingança, em consequência de uma denúncia apresentada pelo secretário contra o comandante, relacionada à violação sexual de uma menor.
De acordo com informações obtidas no distrito e corroboradas pela comunidade local, o Comandante de Polícia de Nacololo é acusado de ter cometido um acto de violência sexual contra uma jovem menor de idade. O secretário da área apresentou denúncias às autoridades locais.
“Assim que o comandante soube que o secretário havia feito a denúncia, ele inicialmente o ameaçou de morte. Contudo, no dia do incidente, o comandante acabou matando o sobrinho do secretário, o que foi suficiente para causar revolta”, relatou uma fonte. A fonte acrescentou que a reacção da população foi violenta em relação ao comandante, o que posteriormente resultou em mais uma morte.
No último fim-de-semana, nossa equipe de reportagem esteve no Posto de Nacololo e constatou que a região voltou a normalidade, embora exista um forte ressentimento em relação ao comandante, que se encontra fugitivo. Além disso, o Rigor ficou sabendo que a residência dele foi completamente destruída.
A Polícia da República de Moçambique, em Nampula, por meio de sua porta-voz, Rosa Chauque, afirmou não ter informações sobre a acusação contra o comandante da polícia em Nacololo, que supostamente teria cometido abuso sexual contra uma adolescente e homicídio. Além disso, negou qualquer indício de que ele estivesse sendo exonerado, sugerindo que as alegações são falsas.
“Em relação à questão do Comandante da Polícia da República de Moçambique, em Nacololo em Monapo, o qual é acusado de violação de uma menor e de Homicídio. Esta informação não constitui a verdade. Ademais, as denúncias não chegaram às nossas subunidades, ainda a menor não foi apresentada em nossas subunidades para dar seguimento. Quanto às acusações de homicídio, também não tivemos nenhum registo em nossas subunidades, tanto em relação ao crime assim como a remoção do corpo no local onde foi achado para dar seguimento”, afirmou Rosa Chauque, porta-voz da PRM em Nampula, enfatizando que a polícia não tem conhecimento de qualquer homicídio ou violência sexual supostamente perpetrada por um dos seus membros em Nacololo.
Por esse motivo, solicita-se que as pessoas afectadas compareçam à delegacia para formalizar a denúncia do ocorrido.
“Aconselhamos as vítimas a se fazerem à subunidade policial próximo para fazer a denúncia, igualmente apelar para a população daquele ponto da Província, para que sempre que tiverem registo de casos criminais aproximem uma subunidade próxima para denunciar”. Vânia Jacinto e Redacção
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