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CDD denuncia falta de acesso a produtos de higiene e anti-retrovirais para mulheres deslocadas de Cabo Delgado
O Centro para Democracia e Direitos Humanos (CDD) em Nampula reportou uma série de violações dos direitos humanos, principalmente no que diz respeito à saúde e alimentação, que afectam a maioria dos deslocados de Cabo Delgado actualmente abrigados em várias áreas das províncias de Nampula e Niassa.
A fonte informou que a organização em Nampula tem conhecimento de que mulheres estão enfrentando desafios para obter produtos de higiene menstrual e colectiva, e algumas delas que possuem HIV/SIDA não estão conseguindo acesso aos anti-retrovirais, mas não forneceu detalhes específicos.
“Precisamos urgentemente do apoio do governo, uma vez que as organizações da sociedade civil já estão cumprindo com sua responsabilidade, buscando consciencializar-se de que a crise em Cabo Delgado é o principal problema a ser enfrentado. Temos relatos de mulheres que estão passando fome, mulheres que pararam o tratamento anti-retroviral, mulheres que não conseguem manter sua higiene menstrual por falta de recursos, e é crucial que o governo esteja ciente disso”, afirmou Palmira Revula, coordenadora do Centro para Democracia e Direitos Humanos em Nampula.
A Activista dos direitos humanos em Nampula expressa sua tristeza diante de casos flagrantes de desrespeito aos direitos básicos, como saúde e alimentação, enquanto o governo permanece em silêncio.
A ausência de qualquer manifestação por parte do governo sobre estas questões de violação dos direitos humanos leva a coordena o Centro de Democracia e Desenvolvimento em Nampula a crer que a situação de conflito em Cabo Delgado não terá um desfecho, evidenciando o desinteresse por parte do governo de Moçambique.
Devido à má gestão governamental, além das vítimas de fome e falta de assistência médica, o extremismo violento tende a se expandir, resultando em mortes e no deslocamento de muitas pessoas, contribuindo para a violação dos direitos humanos.
Revula acredita que é viável encontrar uma solução para o término dos confrontos que estão causando instabilidade no país, caso o governo decida iniciar um diálogo com os insurgentes, impedindo assim que mais vidas sejam perdidas e que os direitos humanos sejam comprometidos.
“Sabe-se que o CDD está comprometido com questões de direitos humanos e, nesse sentido, acreditamos que o diálogo é a melhor ferramenta para resolver os conflitos que afectam o país. Acreditamos ser viável interromper essas situações problemáticas, como exemplificado por relatórios recentes. O diálogo com os insurgentes e aqueles envolvidos nos conflitos é possível, e existem várias estratégias e serviços que podem contribuir para superar essas questões.”
A fonte afirma que o governo tem tomado poucas medidas para tentar resolver o conflito, apenas focando em fornecer equipamento para as tropas, aumentando assim as violações dos direitos humanos, que deveriam receber mais atenção do governo.
“No entanto, constatamos a ausência de interesse por parte do governo em combater o extremismo violento, responsável por tirar vidas humanas e gerar uma crise generalizada que força milhares de pessoas a abandonarem suas zonas de origem em busca de lugares considerados seguros, abandonando toda uma vida para trás. Isso me leva a crer em uma tremenda falta de sensibilidade por parte do governo na solução desses conflitos. Elina Eciate
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