POLÍTICA
Aurélio Machado o então edil de Ribáuè em Entrevista ao RIGOR dias antes da sua morte – “Mudamos a face do nosso município”, Aurélio Machado o então edil de Ribáuè
O então presidente do Conselho Municipal da Vila de Ribáuè, Aurélio Machado, que perdeu a vida no último dia 9 do corrente mês, em entrevista ao RIGOR antes da sua morte, avaliou positivamente o seu próprio desempenho na gestão da autarquia e disse que se orgulhava pelo facto de, em menos de cinco anos, e no seu primeiro mandato, ter contribuído para o desenvolvimento.
“Sentimos que mudamos a face do nosso município”, disse Aurélio acrescentando que a sua gestão acelerou o desenvolvimento. “A nossa governação dá primazia a toda a camada social. Realizamos diversas atividades para a juventude, crianças e pessoas com deficiências. Às pessoas com deficiência oferecemos 15 cadeiras de rodas e anualmente temos assistido mais de duas mil crianças em materiais escolares”, disse.
Aurélio falou da construção de um parque infantil que custou aos cofres da edilidade cerca de quatros milhões de meticais, localizado no centro da vila municipal, e que está ainda em curso a construção da praça da juventude, estimada em cerca de 250 mil meticais.
Dos projectos em curso, Machado elenca, igualmente, a construção do novo edifício do conselho municipal, orçados em perto de 15 milhões de meticais, e a edificação da residência oficial do edil, estimados em mais de oito milhões. As duas obras estão com prazos vencidos desde novembro do ano passado, devido ao atraso no desembolso dos fundos, por parte do governo central.
O município de Ribáuè conta actualmente com um total de 167 funcionários efectivos e mais de 100 trabalhadores sazonais, que garantem a limpeza da vila, e que têm sido contratados trimestralmente.
A edilidade depende 95% da canalização das verbas centrais para a sua sobrevivência, sendo que o remanescente 5% tem sido de receitas próprias que são colectadas internamente nas mais diversas receitas municipais, sobretudo o sector de mercados.
A vila municipal de Ribáuè, na província de Nampula, tem vindo a conhecer um desenvolvimento, diga-se, acelerado nos últimos tempos, mercê na aposta e concentração de esforços da edilidade no sector de infra-estruturas sociais e o surgimento de vários empreendimentos socio-económicos públicos e privados, nos últimos quatro anos, a nível da autarquia.
As realizações, que agradam e ganharam aplausos dos munícipes, aconteceram no meio de exiguidades de fundos e várias crises que o país e o mundo experimentaram ao longo do período em referência.
Localizada no interior da província de Nampula, cerca de 120 quilómetros da capital provincial, a autarquia conta com pouco mais de 62 mil habitantes distribuídos em 33 bairros, e era gerida por Aurélio Machado [falecido a 9 de Abril em curso], da FRELIMO, desde janeiro de 2019.
Nos últimos anos, a vila de Ribáuè assistiu ao surgimento de vários empreendimentos socio-econômicos, entre públicos e privados. O sector de alojamento ganhou mais espaço devido ao “boom” económico e apetência à densidade populacional que se tem registado.
Construções e reabilitações de salas de aulas, centro de saúde, estradas, mercados, sistemas de abastecimento de água, e acções de índole desportiva e cultural foram as principais marcas da governação municipal do então falecido presidente.
No sector de estradas, numa visão de melhoria da transitabilidade e mobilidade de pessoas e bens, a edilidade reabriu, construiu e reabilitou algumas vias de acesso a nível do raio municipal.
Das estradas em reabilitação, o destaque vai para a reabertura da rodovia que liga a localidade municipal de Namiconha ao Instituto Agrário, uma extensão de 10km, que desde 1964, ou seja, no período colonial, era intransitável.
Associam-se a esta, as estradas N13 – Bairro Namirapwe, Aeródromo-N13 (via Escola Secundária de Ribaue), Muhiliale-Mesa, e Rua do Hospital Rural à EPC de Novas Ideias, no bairro de Molipiha, numa extensão de perto de 5 km.
Ainda nas infraestruturas rodoviárias, o autarca destacou-se na construção de vinte e uma pontes que facilitaram a comunicação e interligação entre a vila municipal às zonas produtivas. De entre vários, o destaque vai para as pontes sobre os rios Sinoco, Muhiliale, Murrula, Mussi, Namaluku, Namikhori, Natete, Lili-1 e Lili-2, Muku e Marocane.
(Sitoi Lutxeque)
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