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SOCIEDADE

APSUM se dissocia da marcha dos médicos em Maputo

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Associação dos Profissionais da Saúde Unidos Solidários de Moçambique (APSUM), uma organização sócio-profissional que luta pela melhoria das condições de trabalho no sector de saúde, diz que não se associa a marcha realizada, nesta Terça-feira (05.11), pela Comunidade de Médicos de Moçambique, na Cidade de Maputo, uma colectividade cujas autoridades governamentais afirmam ser ilegal.

Anselmo Muchave, Presidente da APSUM, sublinhou que não é contra a marcha de quaisquer profissionais, tanto é que a sua agremiação também tem realizado algumas greves, mas não concorda que os profissionais de saúde aproveitem o momento de tensão que o país vive, resultantes das manifestações populares convocadas pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane, para envolvam-se em manifestações populares violentas, como forma a não serem confundidos.

Conforme Machave, é importante destacar que as mobilizações da Associação dos Profissionais da Saúde Unidos Solidários de Moçambique têm aconselhado os trabalhadores da saúde a permanecerem em casa e evitarem protestos nas ruas, preocupando-se em não colocar suas vidas em risco.

“Para nós como profissionais de saúde, quando há questão de manifestação ou guerra, o nosso objectivo tem que ser cuidar dos pacientes. Então, em nenhum momento devemos deixar os pacientes e estar na marcha. Imagina acontece alguma coisa connosco na rua quem vai atender a quem?”, Questionou Munhave, recordando que “as nossas manifestações têm um lema, que é ficar em casa, do que fazer pessoas levarem gás lacrimogéneo e serem atingidas por balas verdadeiras”, disse.

A Comunidade de Médicos de Moçambique, recorde-se, realizou a marcha na passada Terça-feira (05.11.2024) na cidade de Maputo para entre vários objectivos clamar pela defesa da saúde e dos direitos humanos, por estarem a receber vários mortos e feridos baleados pela Polícia nas manifestações.

Importa referir que os ministérios da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos e da Saúde, através de um comunicado, datado no dia 03 de Novembro, disseram não reconhecer a Comunidade dos Médicos de Moçambique, uma vez que não constitui entidade legalmente estabelecida.

“Exortamos profissionais de saúde para continuarem a exercer as suas actividades em observância ao juramento do exercício da profissão, dentro dos mais altos padrões éticos deontológicos, e sem qualquer tipo de descriminação”, cita o comunicado conjunto.

No mesmo comunicado, as duas instituições afirmaram que têm conhecimento de actos de vandalismo de ambulâncias, assim como de violência contra profissionais de saúde, no exercício de suas actividades, e apela à comunidade a se manter distantes destes actos que, em consequência, pode tirar vida dos que estarão a ser socorridos ou tratados. Vânia Jacinto

 

 

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