Connect with us

POLÍTICA

Aboochama Vontade defende investimentos em formações que salvem a Democracia

Publicado há

aos

O Académico moçambicano, Aboochama Oliveira Vontade, destaca a necessidade das diversas instituições, incluindo públicas, privadas e ONGs, que se dedicam à preparação dos jovens para lidar com a questão dos ilícitos eleitorais, oferecerem treinamentos que priorizem técnicas científicas adequadas para atender às reais exigências eleitorais, alertando que a inadequada preparação dos jovens em capacitações eleitorais pode prejudicar e/ou afectar negativamente o decurso normal dos processos eleitorais.

De acordo com Aboochama Oliveira Vontade, Doutor em Ciência Política, Governação e Relações Internacionais, à medida que os períodos eleitorais se aproximam, o País tem observado uma crescente multiplicação de formações, que em vez de solucionar a questão dos ilícitos, acabam por intensificar as circunstâncias que favorecem essas práticas.

“A inclusão de jovens em processos formativos para o combate a ilícitos eleitorais, não deve constituir um problema. No entanto, temos que olhar para a capacidade técnica e científica dos mesmos para compreensão do que é e não é ilícito. Isso é fundamental. Os programas de formação devem ser capazes de dotar nos formandos esses domínios, para evitar atropelos”, disse.

Aboochama reconhece o potencial da formação para resolver os problemas dos ilícitos eleitorais em Moçambique, mas menciona que é fundamental que os formados evitem interferir negativamente no processo eleitoral.

“O que exactamente as instituições devem fazer para capacitar os jovens a altura da demanda dos ilícitos eleitorais, que se têm constatado no País em geral, é dotar os mesmos de domínio da legislação eleitoral, capacidade técnica dos formadores no domínio dos ilícitos eleitorais, incutir nos formandos a necessidade de respeitar a soberania do Estado, a tranquilidade pública explicando a necessidade da tolerância política como espaço onde todos têm direitos e deveres, não permitirem que os jovens recebam e utilizem mensagens que possam perturbar o processo eleitoral, vindas de qualquer partido ou coligação de partido, disciplinar todas as instituições político-partidário que promovem mensagem de ódio, desacato, perturbação, agitação e atentado à soberania do Estado e o normal funcionamento dos seus órgãos e instituições”, opinou.

Aboochama aponta que um dos desafios que prejudica a convivência política em Moçambique é a intolerância política. O académico diz que as formações que ocorrem regularmente nas semanas que antecedem as eleições devem, em essência, abordar e solucionar essas questões.

“Outro aspecto que é importante é que temos que reconhecer que em Moçambique, nós temos um problema muito sério com relação à intolerância política, temos uma cultura Política Nacional notável no sentido de que os partidos a todo custo e a todos os níveis pretendem utilizar todas as formas necessárias para poder aceder ao poder, este é um grande problema que nós temos em Moçambique. Há vezes em que os jovens escolhem, aderem a um determinado partido político, porque eles acham que têm vantagem e não porque conhecem o processo de Constituição do Estado e quais são os desafios que o Estado enfrenta, ou seja, temos por um lado aquele que é o manifesto eleitoral também temos aquilo que é a posição do próprio jovem perante a este processo.  Os jovens devem entender que existe um desafio que é perceber a evolução da construção desse próprio Estado, como o Estado da Nação Moçambicana foi construída desde aquele momento até hoje e os formadores devem estar cientes de informar que este Estado foi construído porque nós lutamos.” Vania Jacinto

Continue Lendo
Clique para comentar

Leave a Reply

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Mais Lidas