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“A Juíza considera a minha agressão como ‘leve’, não justificando a penalização”, jornalista Faizal Abudo

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A quarta secção do Tribunal Judicial da cidade de Nampula, retomou, esta Quinta-feira (20 de Fevereiro de 202), quatro anos após o incidente de agressão envolvendo o jornalista Faizal Abudo, perpetrado por membros da polícia municipal em Nampula.

O acontecimento violento teve lugar no dia 29 de Junho de 2021, nas instalações da Polícia Municipal em Nampula, localizadas na Avenida 25 de Setembro, após uma denúncia ter sido recebida pela redacção da TV Muniga, à qual Faizal Abudo estava associado.

Ao chegar ao local, o repórter foi recebido com pancadarias. Na época, o caso ganhou destaque, mas a denúncia formalizada teve que esperar. Embora tenha sido retomado, com a audiência do julgamento, nesta Quinta-feira, a decisão, no entanto, será divulgada no próximo dia 25 de Fevereiro.

 

Entretanto, Faizal Abudo expressou a sua decepção, pois durante a audiência, a juíza responsável do caso, Dra. Amélia, da quarta secção do Tribunal da Cidade de Nampula, afirmou claramente que não havia evidências suficientes para sustentar a acusação, considerando que a pancadaria foi de pouca gravidade.

“Espero que a juíza faça as decisões adequadas para que ambos fiquemos satisfeitos, embora eu não me sinta à-vontade, já que durante a audiência a juiz alterou tudo o que estava registado no processo, que já possui quatro anos. Não faz sentido afirmar, com base em evidências, que se tratou de lesões leves. Quem recebe golpes sai ferido; isso é violência leve?”, comentou o jornalista, ressaltando que a legislação referente à imprensa é explícita ao permitir que jornalistas exerçam a sua função em espaços públicos.

“Não é aceitável que qualquer jornalista seja atacado enquanto desempenha as suas funções, e foi exactamente isso que aconteceu comigo, além da apreensão de meu equipamento de trabalho, incluindo a câmera e o microfone”, declarou Faizal Abudo, visivelmente irritado.

Faizal estranha igualmente o facto de todas as provas, especialmente as imagens, que estão no processo terem sido desconsideradas pela juíza da quarta sessão do Tribunal da Cidade de Nampula. “Apesar dessa apreciação da Juíza, ainda mantenho a esperança de que os órgãos judiciários saberão tomar as decisões adequadas. Uma compensação pelos danos morais e materiais será suficiente”, finalizou.

É importante mencionar que a situação em questão envolve dois membros da polícia municipal, sendo um o comandante da corporação e o outro o chefe das operações da mesma, durante o período do governo de Paulo Vahanle. Elina Eciate

 

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