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OPINIÃO

Se Deus nos perdoa, quem somos nós para não perdoar?

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Vivemos num  tempo de pressa, de palavras afiadas e corações endurecidos. Em meio a reuniões, redes sociais, notícias e disputas diárias, esquecemo-nos de um gesto simples: perdoar. Perdoar de verdade. Não fingir, não engolir em silêncio, não esperar que o outro peça desculpas. Perdoar porque Deus nos perdoa, mesmo quando nem sempre merecemos.

O mundo nos ensina a colecionar mágoas, a guardar rancor como se fosse troféu. Quantas vezes uma pequena ofensa se transforma em muralha intransponível dentro do coração? Quantas vezes repetimos no íntimo a pergunta: “Como ele pôde fazer isso comigo?” E nesse instante, esquecemos que também nós já ferimos, já mentimos, já magoamos, muitas vezes sem intenção.

Perdoar não é esquecer o que aconteceu. Perdoar não é dizer que o mal não existiu. Perdoar é escolher libertar-se. É decidir não carregar o peso que não nos pertence. É entender que a misericórdia de Deus não é opcional; é modelo. E se Deus, com sua infinita paciência, nos dá novas chances a cada manhã, quem somos nós para negar ao próximo o mesmo presente?

O perdão, no fundo, é um ato de coragem. É olhar nos olhos de quem nos magoou e dizer, mesmo silenciosamente: “Eu não permitirei que sua falha defina meu futuro.” É libertar-se do passado para viver plenamente o presente. E surpreendentemente, é o perdão que transforma mais quem dá do que quem recebe. Quem perdoa encontra leveza, encontra paz, encontra a própria humanidade.

Perdoar é resistir à tentação do ódio, do ressentimento, da vingança. É mostrar que somos maiores que a injustiça que nos foi feita. É praticar a fé não apenas nos altares, mas no cotidiano, nos pequenos gestos, na vida real. Perdoar é viver como Deus nos ensinou, é ser humano com consciência e coração limpo.

Portanto, quando sentires que alguém te feriu, quando a mágoa apertar, respira fundo e lembra: se Deus nos perdoa, mesmo quando falhamos repetidamente, quem és tu para não perdoar? A resposta não é só uma obrigação religiosa, mas uma decisão de liberdade: perdoar é libertar o coração, iluminar a alma e caminhar leve, sem carregar pesos que não nos pertencem.

O perdão é simples. É silencioso, mas transforma. É humano, mas divino. Quem perdoa, mesmo que não seja reconhecido, já vive o milagre que Deus oferece diariamente: a chance de recomeçar.

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