8 mortes e 8 detidos marcam a Semana Santa na província de Nampula

A Polícia da República de Moçambique (PRM), em Nampula, reportou a ocorrência de oito mortes e a detenção de igual número de pessoas durante o período da Semana Santa, em diferentes distritos da província.

De acordo com Rosa Chauque, porta-voz do Comando Provincial da PRM, cinco das vítimas mortais eram indivíduos identificados como membros do grupo Naparama, que perderam a vida num confronto com as Forças de Defesa e Segurança (FDS), no posto administrativo de Mutuali, distrito de Malema. Segundo explicou, o grupo tentou invadir uma base militar, o que motivou a intervenção das forças governamentais.

As restantes três mortes foram registadas em incidentes distintos: duas em consequência de um acidente rodoviário no distrito de Nacala-a-Velha, envolvendo o choque entre duas viaturas, e uma em resultado de um naufrágio no distrito de Mogincual. O acidente rodoviário, provocado por uma ultrapassagem irregular, causou ainda três feridos. Já o incidente lacustre ocorreu na praia de Macupe, onde uma embarcação com dez ocupantes naufragou devido ao mau tempo, resultando num óbito e nove sobreviventes.

Quanto aos oito detidos, a PRM indica que os indivíduos são acusados de agressão física contra agentes da polícia, durante uma operação conjunta com o Instituto Nacional de Transportes Rodoviários (INATRO). Foram igualmente apreendidas cinco viaturas utilizadas como instrumento na prática do crime.

“Os indivíduos terão outras medidas acessórias no âmbito do processo-crime em curso”, detalhou Rosa Chauque, durante o habitual briefing realizado esta Segunda-feira.

Apesar dos incidentes, a polícia caracterizou os últimos três dias das celebrações pascais como calmos, sem registo de crimes nem detenções. “A força esteve destacada para acompanhar as celebrações e garantiu um ambiente ordeiro e pacífico”, afirmou a porta-voz, que aproveitou para agradecer a colaboração da população na denúncia de casos criminais.

“Queremos agradecer à população pela colaboração e encorajá-la a continuar a denunciar. Isso permite que a polícia garanta a ordem, a segurança das pessoas e a livre circulação de bens”, concluiu.